
Desde pequena tenho aprendido que o Senhor fala através dos louvores. Tenho aprendido que nós damos ao Senhor 'louvor" em função do fato de que Ele é digno, é Rei e reina, por ser Ele Deus e merecedor de receber de nós, criaturas criadas por Ele, honra.
Minha mãe conta que aos dois anos eu já pedia que ela cantasse quando eu estava em aflição.
Eu não sei qual entendimento eu tinha, naquela época, de que "louvar" poderia resolver alguma coisa, mas é fato que eu fazia isso... cantava e pedia que cantassem e, de alguma forma, eu sei que tal atitude fazia diferença. "Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto viver"(Salmo 146:2)
Lembro que minha primeira experiência cantando na igreja foi no Coral de Juniores, que já existia mesmo antes do meu nascimento. A pessoa responsável pelo Coral de Juniores na minha geração foi a esposa do Pastor da igreja da qual sou membro, a "Dona Marilene". Ela, à frente do Coral, me proporcionou a vivência de cantar em um coro e de fazer o meu primeiro solo... a letra do hino, do qual me lembro, falava de um sonho, um sonho com o céu. Atualmente, o Senhor tem me dado a oportunidade de proporcionar a outras crianças as mesmas vivências e eu LOUVO ao Senhor por isso, porque sei que da mesma maneira que elas me marcaram na minha meninice, marcarão as gerações atuais e fazer parte disso é bom demais.
Hoje, durante o culto de domingo, como é comum acontecer, fiquei analisando os cânticos que foram cantados. Fiquei pensando em nossa "atitude de louvar" como igreja de Cristo. É interessante que "louvar", "dar louvor" pode significar também "fazer um elogio" e, fazer um elogio, em geral, visa agradar alguém. Se a gente pensa por esta perspectiva, quando louvamos,
deveríamos ter a intenção de "agradar a Deus".
O primeiro cântico que cantamos neste domingo dizia:
"Somos um só corpo, somos uma família,
corações transformados, vidas restauradas"...
Esse cântico vai ao encontro do desafio deste ano de 2008 de refletirmos sobre família junto à igreja e este tema, sabemos, é um grande desafio para nós. Cantarmos e vivermos a realidade de sermos um só corpo, de sermos família, amando, perdoando, prezando a paz, fazendo o bem, promovendo a alegria do nosso irmão é um desafio para cada um de nós, não só na igreja, mas primeiramente em nossas relações mais íntimas, dos pequenos contextos aos grandes. Contemplar a este desafio agradará ao Senhor, será atitude de louvor a Ele e o legal é que a gente ainda é abençoado com isso. Louvar atrai bençãos!
Para tanto, a Bíblia nos estimula (em Romanos 12:2): "(...) transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Assim, é preciso repensar a nossa forma de tratamento em família, é necessário melhorar a qualidade das nossas relações, ter em mente os frutos do Espírito e fazer que os mesmos sejam realidade em nossas interações.
Em seguida, cantamos:
"Eu vejo a glória do Senhor hoje aqui,
a sua mão, o seu poder sobre mim,
os céus abertos, hoje eu vou contemplar
o AMOR descer neste lugar.
Eu quero ver agora o seu poder,
a sua glória inundando o meu ser,
vou levantar as mãos e vou receber,
vou louvar o Teu nome,
porque eu sinto o Senhor me tocar"
Pra ver a glória do Senhor, em meu entendimento, é preciso cuidar do Templo em que Ele quer habitar, ou seja, é preciso reverenciar a presença d'Ele, com nossos corações transformados em AMOR e, só assim, o "Amor Ágape" de Deus poderá inundar o Templo, o meu Templo, o meu EU, a começar em mim, e depois o "Templo Igreja", corpo de Cristo, em unidade. Cada um tem a sua responsabilidade em louvar, cada membro, constituindo, posteriormente, a unidade do corpo.
A seguir cantamos outro cântico que fazia menção à presença de Cristo em nosso meio e declarava o poder de nosso Senhor:
"Todo poder te foi dado
No céu e na terra (...)
Deus o Pai te exaltou
Sobre todas as coisas (...)
E entrará o Rei da glória
Quem é este Rei da glória?
O Senhor forte e poderoso
O Senhor poderoso na guerra (...)
Quando somos transformados e refletimos em nossas vidas a presença do Senhor, entendemos o poder que é d'Ele e como é bom sabermos e crermos na onipotência do Senhor, no agir de Deus sobre TODAS as coisas, em todas as nossas batalhas e "SÓ NOS RESTA LOUVAR"! Dar graças... porque a graça deste Deus nos basta!
A transformação (do primeiro cântico), torna o templo "habitável", lugar compatível à glória de Deus (do segundo cântico)... e, preparados, podemos dizer: que "Entre o Rei da Glória" (o terceiro).
Eu não sei se você percebeu o quanto o Espírito de Deus quer falar ao seu coração e falou hoje com estes cânticos. E, para o meu "espanto", o Pr. Gessy terminou sua mensagem com o hino 364 do Cantor Cristão, que em todo o seu requinte lingüístico dizia:
"(...) há de revelar-se o que nós seremos,
quando o dia de Cristo raiar,
havemos de nos transformar,
na semelhança de nosso Mestre
e vê-lo-e-mos como é!
Perfeitamente clara a mensagem de nosso Senhor pra nós!
Um beijo e boa semana,
Aline