domingo, 17 de fevereiro de 2008

O louvor de cada um de nós...

(Eu e Pércio na foto)



Desde pequena tenho aprendido que o Senhor fala através dos louvores. Tenho aprendido que nós damos ao Senhor 'louvor" em função do fato de que Ele é digno, é Rei e reina, por ser Ele Deus e merecedor de receber de nós, criaturas criadas por Ele, honra.

Minha mãe conta que aos dois anos eu já pedia que ela cantasse quando eu estava em aflição.
Eu não sei qual entendimento eu tinha, naquela época, de que "louvar" poderia resolver alguma coisa, mas é fato que eu fazia isso... cantava e pedia que cantassem e, de alguma forma, eu sei que tal atitude fazia diferença. "Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto viver"(Salmo 146:2)

Lembro que minha primeira experiência cantando na igreja foi no Coral de Juniores, que já existia mesmo antes do meu nascimento. A pessoa responsável pelo Coral de Juniores na minha geração foi a esposa do Pastor da igreja da qual sou membro, a "Dona Marilene". Ela, à frente do Coral, me proporcionou a vivência de cantar em um coro e de fazer o meu primeiro solo... a letra do hino, do qual me lembro, falava de um sonho, um sonho com o céu. Atualmente, o Senhor tem me dado a oportunidade de proporcionar a outras crianças as mesmas vivências e eu LOUVO ao Senhor por isso, porque sei que da mesma maneira que elas me marcaram na minha meninice, marcarão as gerações atuais e fazer parte disso é bom demais.

Hoje, durante o culto de domingo, como é comum acontecer, fiquei analisando os cânticos que foram cantados. Fiquei pensando em nossa "atitude de louvar" como igreja de Cristo. É interessante que "louvar", "dar louvor" pode significar também "fazer um elogio" e, fazer um elogio, em geral, visa agradar alguém. Se a gente pensa por esta perspectiva, quando louvamos,
deveríamos ter a intenção de "agradar a Deus".

O primeiro cântico que cantamos neste domingo dizia:
"Somos um só corpo, somos uma família,
corações transformados, vidas restauradas"...
Esse cântico vai ao encontro do desafio deste ano de 2008 de refletirmos sobre família junto à igreja e este tema, sabemos, é um grande desafio para nós. Cantarmos e vivermos a realidade de sermos um só corpo, de sermos família, amando, perdoando, prezando a paz, fazendo o bem, promovendo a alegria do nosso irmão é um desafio para cada um de nós, não só na igreja, mas primeiramente em nossas relações mais íntimas, dos pequenos contextos aos grandes. Contemplar a este desafio agradará ao Senhor, será atitude de louvor a Ele e o legal é que a gente ainda é abençoado com isso. Louvar atrai bençãos!

Para tanto, a Bíblia nos estimula (em Romanos 12:2): "(...) transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Assim, é preciso repensar a nossa forma de tratamento em família, é necessário melhorar a qualidade das nossas relações, ter em mente os frutos do Espírito e fazer que os mesmos sejam realidade em nossas interações.

Em seguida, cantamos:
"Eu vejo a glória do Senhor hoje aqui,
a sua mão, o seu poder sobre mim,
os céus abertos, hoje eu vou contemplar
o AMOR descer neste lugar.
Eu quero ver agora o seu poder,
a sua glória inundando o meu ser,
vou levantar as mãos e vou receber,
vou louvar o Teu nome,
porque eu sinto o Senhor me tocar"

Pra ver a glória do Senhor, em meu entendimento, é preciso cuidar do Templo em que Ele quer habitar, ou seja, é preciso reverenciar a presença d'Ele, com nossos corações transformados em AMOR e, só assim, o "Amor Ágape" de Deus poderá inundar o Templo, o meu Templo, o meu EU, a começar em mim, e depois o "Templo Igreja", corpo de Cristo, em unidade. Cada um tem a sua responsabilidade em louvar, cada membro, constituindo, posteriormente, a unidade do corpo.

A seguir cantamos outro cântico que fazia menção à presença de Cristo em nosso meio e declarava o poder de nosso Senhor:
"Todo poder te foi dado
No céu e na terra (...)
Deus o Pai te exaltou
Sobre todas as coisas (...)
E entrará o Rei da glória
Quem é este Rei da glória?
O Senhor forte e poderoso
O Senhor poderoso na guerra (...)

Quando somos transformados e refletimos em nossas vidas a presença do Senhor, entendemos o poder que é d'Ele e como é bom sabermos e crermos na onipotência do Senhor, no agir de Deus sobre TODAS as coisas, em todas as nossas batalhas e "SÓ NOS RESTA LOUVAR"! Dar graças... porque a graça deste Deus nos basta!

A transformação (do primeiro cântico), torna o templo "habitável", lugar compatível à glória de Deus (do segundo cântico)... e, preparados, podemos dizer: que "Entre o Rei da Glória" (o terceiro).

Eu não sei se você percebeu o quanto o Espírito de Deus quer falar ao seu coração e falou hoje com estes cânticos. E, para o meu "espanto", o Pr. Gessy terminou sua mensagem com o hino 364 do Cantor Cristão, que em todo o seu requinte lingüístico dizia:
"(...) há de revelar-se o que nós seremos,
quando o dia de Cristo raiar,
havemos de nos transformar,
na semelhança de nosso Mestre
e vê-lo-e-mos como é!

Perfeitamente clara a mensagem de nosso Senhor pra nós!
Um beijo e boa semana,
Aline

domingo, 10 de fevereiro de 2008

A foto dos velhinhos...


Neste post, a foto dos "velhinhos"...
Espero que nenhum dos dois sejam visitantes do meu blog... (não tenho a permissão deles pra postar aqui... posso ser processada por utilização indevida da imagem alheia!!!)
Um beijo...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Quero mudar de profissão!!! Ser guia turístico em Campos do Jordão!!!!


Sobre Campos do Jordão...

(Vê-se na foto o Pórtico da cidade... foto by Aline)



Cidade linda... vale visitar... principalmente bem acompanhado...
porque a cidade tem um ar romântico...
mas, se não der, vá sozinho mesmo!
Lá é um bom lugar pra fazer amigos...

Fiz vários passeios... lá tem uns "trenzinhos" que fazem diferentes roteiros;
peguei um guia num destes passeios que era muito engraçado...
meio humorista o rapaz... super divertido, como qualquer pessoa bem humorada é...

Alguns passeios foram inéditos pra mim como andar de trem,
indo até São José do Pinhal...
o legal deste passeio foi a natureza exuberante
e a Serra da Mantiqueira, de beleza inigualável.

Conheci muita gente... destaco duas senhoras de Santos, Dona Áurea e Dona Milene...
as conheci na rua e logo fiz amizade... Dona Milene é poeta e me disse que vai a Campos do Jordão umas três vezes por ano, senta à frente do Hotel pra fazer poesia... legal, né?
O Sr. Sérgio também é uma graça!
Conheci um casal de BH; ela tinha dificuldades pra andar
e ele tinha uma paciência, um cuidado... encantador esse casal.
Aliás, existem muitos casais na cidade.
Um dia, sentei em uma praça e fiquei "hipnotizada"
por um casal de velhinhos sentados em um dos banquinhos, lendo jornal...
tirei uma foto dos dois, uns fofos, sem que eles percebessem...
queria registrar, porque, sei lá... queria que, um dia,
alguém tirasse uma foto minha na mesma situação...

Muita gente vai pra lá levando cachorro... cada raça que eu nunca vi!
Bichinhos de sorte...vão passear em Campos do Jordão
e eu levei 30 anos pra conseguir tal façanha... ai, ai!!

Aliás, lá é um lugar meio surreal...as crianças, em sua maioria, são acompanhadas
por babás vestidas de branquinho... coisa que eu só vi em novela até então...

Observei que o poder aquisitivo das pessoas que freqüentam a cidade é muito alto;
visivelmente são pessoas muito ricas e o preço das coisas é salgado por causa disso, penso eu.

A Pousada que fiquei era legal... o café da manhã... huuum... um espetáculo!
Descobri lá que se come "pinhão"!!
Comi pinhão no bolo da Dona Tetê!
O único ponto negativo da Pousada era a distância do centro turístico, Capivari.
Por essa razão, eu andei muiiiiiito! Fiquei doída!

Amei a subida no teleférico.
No início fiquei tão ansiosa que subi falando sozinha...
até que percebi que as pessoas que desciam
estavam me olhando meio estranho... rsrsrrs
Minha ansiedade triplicou quando um senhor
disse que eu estava subindo e que não fazia idéia da descida...
muito animador e reconfortante!
Estava de sandália e fiquei com medo de perdê-la na subida
(eram daquelas sandalinhas que a gente só enfia o pé)...
portanto, subam de tênis, nunca de sandália!

Lá é legal pra comprar roupa... embora eu não tenha comprado nenhuma!
Mas o preço das roupas de inverno é convidativo no verão!
Eu comprei um meião que vai do pé à coxa... achei um barato!
Comprei um gorro e um jogo da velha de madeira...rsrrsrs
Trouxe chocolate para os sobrinhos e irmãos...
Ah! A atendente da loja de chocolates caiu na asneira de me
deixar provar os bombons que eu não conhecia...
comi uns dez só na "provinha"...
me senti, depois, na obrigação de comprar alguma coisa lá...
acho que ela seria despedida se eu não comprasse!!

Vi o Joelmir Beting, comentarista da Globo...
comentei: "Ih, acho que é o Joelmir Beting", sem dar muita importância...
depois vi uma senhora tirando foto com ele e tive certeza: é o Joelmir Beting!!

Outra particularidade da cidade são as flores...
fiquei com vontade de ter um jardim...
quem sabe eu não coloque em prática essa idéia?

Na volta, descobri que o motorista do ônibus era cantor...
cantava meio que gemendo... uns "grunhidos", estranhos até...
mas achei ele tão feliz...
depois até dei parabéns pra ele que ficou todo sem graça
quando percebeu que todo mundo tava de olho nele.
Na ida pro Rio teve de tudo no ônibus:
um homem roncando atrás de mim
e do meu lado uma mulher extremamente tensa
que não conseguiu nem ao menos encostar na poltrona... coitada!

Parei em Niterói...
passei dois dias encantada com o João... que criança adorável!!
amoroso... engatinha numa velocidade espantosa e dorme com as pernas pressionando a barriguinha, ficando com a fralda empinada... um fofo!

Fui no cinema em Nit...
Vi um drama, comédia, romântica... já viu isso?
Eu vi!!! O nome é "PS.: I love you"...
Aprendi uma abordagem interessante
pra conhecer alguém interessante no filme...
Primeiro faça um comentário agradável
sobre alguma coisa que você observou da pessoa...
Depois pergunte:
Você é solteiro? É gay? Tá trabalhando?
Se a reposta for (no meu caso): Sim, não e sim respectivamente... pronto!!
Vá em frente... rsrsrrsrs

Enfim...
Esse foi o meu carnaval 2008!!!
Agora só falta você me achar um ET
por causa das minhas considerações...
(Algumas pessoas acham, com certeza!)
Beijo na ponta do nariz!

(Ah!! Tem fotos da viagem no meu orkut!!!)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Olá!!
Essa será uma postagem relâmpago!
Vim porque não tô cabendo em mim... mas não posso demorar escrevendo tudo que passa em minha mente e são taaaaaantas coisas... são 22:24 e às 23:50 um ônibus, rumo ao Rio, me aguarda na rodoviária de Itaperuna!
Estou de partida para uma viagem significativa. Na segunda-feira desta semana, o nome "Campos do Jordão" me veio à mente. Então, uma vez que soube que o carnaval lá não é muito carnaval, fiz minha reserva em uma pousada, comprei as passagens e decidi aproveitar as bençãos que Deus me dá... cito algumas: saúde, bom humor, esperança, sorriso estampado, um emprego que me viabiliza um salário capaz de custear algumas aventura e outras coisas!
Enfim, por que Campos do Jordão? Não sei...
Quando voltar, espero ter uma explicação!
Bom, a viagem é significativa porque ela marca um ano em que pretendo dar lugar às bençãos citadas acima e quero registrar aqui o que meu coração e sentidos puderem guardar!
Então, me aguardem!
Vou tentar fazer um diário de bordo e, depois, compartilhar aqui!
Meus olhos devem estar brilhando em função da minha vontade de ser FELIZ!
Um beijo.
Lili

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Enfim, 2008...

2008... um ano singular para eles...

Recém casados e felizes... descobrindo um ao outro e aprendendo coisas que não sabiam...
Compraram uma cama no ano anterior... iam pagá-la em 12 prestações... mas o investimento era válido: ficavam acordados boa parte da noite... falando dos benefícios de uma cama nova para um novo casal...

Na noite anterior ficaram acordados por outros motivos... a melhor amiga dela fizera aniversário e era tradição ligar e dar parabéns à meia noite... mais uma "descoberta" dele sobre a esposa; ele se divertiu com a idéia e ficaram os dois vigiando as horas pra não dormirem... ele até ajudou a cantar "parabéns"... depois dormiram... abraçados... era engraçado dividir o mesmo espaço e ambos gostavam da sensação e da certeza de estarem ali, lado a lado.

Não estavam de férias... nenhum dos dois... e acordaram no dia seguinte bem cedo... ir ao trabalho era para ambos um compromisso que agora se fazia muito importante em função das responsabilidades assumidas depois do casamento... queriam tanta coisa...

Ela, além do trabalho, iria ao médico... andava se sentindo estranha... não disse nada pra ele... não queria preocupar...

Deu uma fugida no horário do almoço e foi ao doutor... o médico só reafirmou o que ela já desconfiava... comprou um teste de gravidez na farmácia da esquina porque não dava pra esperar o exame tradicional...

Voltou pro trabalho ansiosa... não via a hora de voltar pra casa, de compartilhar com seu esposo a "possível" novidade...

Antes de ir pra casa, resolveu passar no supermercado... queria comprar um bolo... aqueles de "caixinha" que era pra não correr o risco de dar errado... queria fazer uma surpresa ao marido, pra comemorarem. Ela ria sozinha e em seus pensamentos recordava que em seu coração sempre sonhou ser mãe, aquela mãe que faz bolo de chocolate no fim da tarde e com isso, faz a alegria da família... imaginava a mesa farta, filhos, esposo em torno dela no fim de tarde, ritual instituído e sonhado desde a sua adolescência.

Não pretendia contar ao esposo que o bolo era de caixinha... coisa de mulher... ele a considerava mais profissional do que dona de casa e ela secretamente gostaria que fosse o contrário, muito embora tivesse orgulho de que ele tivesse tal opinião sobre ela. Na realidade, ela sabia que fazia todas as coisas com zelo e que sua vida profissional representava segurança para ambos.

Ao chegar em casa, foi logo para a cozinha... faltava um ovo... ligou para a irmã e pediu emprestado... a sobrinha trouxe... pensou em contar a novidade, mas sabia que o privilégio era do marido de saber em primeira mão... sorriu e quis que a sobrinha soubesse ler seus pensamentos.

Colocou o bolo no forno e foi ao banheiro... lembrou-se do teste. Os minutos necessários à grande constatação pareciam horas... a cor do papel não deixara dúvidas... estava grávida!

Tomou um banho... vestiu um vestido larguinho... parecia que a "barriguinha" já era perceptível.

Lembrou-se do bolo... já estava assado... fez a cobertura e quando terminava de prepará-lo sobre a travessa, ele chegou... abraçou-a por trás...

Comentou ao pé do ouvido dela que a casa tinha cheiro de casa de mãe, de vó... mas que o perfume mais gostoso era o dela... de mulher, de esposa... ele, nos últimos meses, parecia sempre surpreso diante da nova vida de casado e não fazia questão de esconder o quanto estava feliz com a realidade, com a alegria do retorno ao LAR, para ELA, ao fim do dia...

Perguntou o motivo do bolo... se era pra comemorar o aniversário da amiga dela...

Ela sorriu... negou com um gesto... ele parecia ler em seus olhos e esperar pela novidade...

Ela pegou o bolo... colocou sobre a mesa junto à garrafa de café...

Ele observou a mesa arrumada e ao lado do prato uma caixinha embrulhada em papel de presente... sorriu e, sem muita paciência abriu o pacote... dentro, um sapatinho de bebê e um pequeno cartão: "te amamos, papai!"

Ele, com lágrimas nos olhos, deu a volta na mesa, a abraçou com ternura...

Ela disse:

"Esse sapatinho é pra ele ou ela simbolicamente caminhar ao nosso lado neste novo ano que juntos iremos trilhar"...

Aline

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Cenas do cotidiano...




Estamos em construção...
...em todos os sentidos...
sempre construindo a nós mesmos
e, no sentido que inicialmente queria dar à palavra:
construindo alguns cômodos lá em casa.
Um desses cômodos é um novo quarto pra mim...
uma suíte...
Mas, pra mim, ela vai ser pouco funcional... é...
Pouco funcional porque eu vou me negar a usar o banheiro...
Gente!!! É tudo muito caro... os olhos da cara!!!!
Uma privada é um absurdo de caro...não tenho coragem
de usar a privada depois de ter pago por ela mais de cem reais...
cruzes... todo esse preço pra depois...
Ah, não... me nego!
O banheiro novo é só de enfeite e pronto... tá decidido...
vou continuar usando o antigo...
É... vocês que passam por aqui acabam de descobrir...
EU SOU MUITO PÃO-DURA!!!!
(que nada... trabalho muito e valorizo o que ganho...)
Mas enfim...

No novo quarto há uma janela e tenho observado
que todos os dias tenho tido uma visita
ilustre e muito especial...
Descobri hoje, através do meu pai,
homem cheio de sabedoria,
que o
meu visitante diário é um "Sanhaço"
ou
Thraupis sayaca, pássaro
encontrado em centros urbanos,
geralmente nas praças e jardins.
Ele é um frungívoro, ou seja, se alimenta de frutas
(isso eu também aprendi hoje em um site)...
Mas o que há de especial no meu visitante?
Ele bica incessantemente a minha janela...

Quando meu quarto estiver pronto e eu dormir lá,
ele vai, provavelmente,
me acordar todas as manhãs...

Na minha visão psicológica e romântica de mundo,
o meu passarinho matinal estaria "paquerando"
seu próprio reflexo... meio narcisista ou, possivelmente,
"dando em cima" da fêmea disponível, ali, bem em frente a ele,
"dando mole", contudo, meu pai deu uma outra interpretação,
interpretação bem "coisa de homem mesmo":
- Aline, (ele disse), ele, o pássaro,
acha que o reflexo dele no vidro
é um outro macho e, por isso, fica marcando território,
brigando, bicando o oponente...

Depois que li a respeito sobre os "Sanhaços",
descobri que os machos têm características
diferentes das fêmeas,
fato que colocou a minha tese da paquera abaixo...
(a não ser que o Sanhaço seja homossexual...)

Sei que ele, o Sanhaço, visita outras janelas da minha casa,
sempre com o mesmo comportamento compulsivo:
bicar as janelas!!!
Estes dias eu saí às seis e tal da manhã e voltei umas dez...
ele já estava lá quando saí e permaneceu bicando a janela
pelo tempo que fiquei fora de casa...
Talvez ele precise de terapia...

***

Há alguns fins de semanas atrás,
uma "rolinha" entrou por uma das janelas do salão
e tentou sair por outra... só que ela estava fechada!
Bom, imaginem, foi aquela pancada...
e a rolinha, pobrezinha, caiu estatelada no chão...
foi parar atrás da geladeira...
quem achou foi o Pércio, que, ao ouvir o barulho,
acionou a família...
eu vi o último suspiro, coitada...
Pércio pegou a rolinha... entregou pro meu pai...
este último, entendido em ressuscitar
rolinhas e outros bichos,
fez massagem no peito,
jogou uns pinguinhos d'água pra ver se
despertava a desmaiada, abriu o bico,
e eu achei que ele ia fazer
respiração boca à boca, mas acalmem-se,
ele só soprou lá dentro...
Achei que ele iria tentar dar um choque na rolinha,
como nos filmes...
mas, não teve jeito... ela faleceu...
o golpe foi muito forte... ela não resistiu...
Achei que meu pai fosse enterrá-la...
No fundo, se ela ressuscitasse,
a gente teria que adotá-la,
tamanho o amor e a expectativa que,
naqueles poucos instantes,
a gente depositou no bichinho...
Mas ele, juntamente com o Henrique,
a envolveram em uma embalagem de batata palha Elma-chips
e deram pra um pescador na beira rio,
em frente à nossa casa...
ela iria servir de isca...
Nossa... de isca?!!!!
Que horror...
Ai, que triste fim...
Fiquei arrasada com o fim da rolinha...

***

Quero escolher um nome pro meu "Sanhaço"...
aceito sugestões... não sei como ele canta,
mas ele deve cantar...
A foto do post é só pra ilustrar, mas o meu Sanhaço
é mais esverdeado que azul...
Estes dias eu vi uma comunidade no orkut
que fazia referência à idéia
de que a gente atrai aquilo que transmite...
pensei: amo música, atraio pássaros...
principalmente os compulsivos e suicidas...

Abreijos...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A idéia original era...




Quando postei o texto abaixo, antes de escrevê-lo, minha intenção era, caso minhas idéias não "fugissem" da mente e tomassem forma de escrita, postar um dos "meus" textos preferidos...

O texto fala de enfrentamento... do ato de encarar nossos medos... (eita... tarefa difícil...)

Pra não fugir da idéia original, lá vai...

Chapeuzinho Amarelo

Chico Buarque

“Era a Chapeuzinho Amarelo.
Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
Em festa, não aparecia.
Não subia escada, nem descia.
Não estava resfriada, mas tossia.
Ouvia conto de fada, e estremecia.
Não brincava mais de nada, nem de amarelinha.

Tinha medo de trovão.
Minhoca, pra ela, era cobra.
E nunca apanhava sol, porque tinha medo da sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava sopa pra não ensopar.
Não tomava banho pra não descolar.
Não falava nada pra não engasgar.
Não ficava em pé com medo de cair.
Então vivia parada, deitada, mas sem dormir,

com medo de pesadelo.

Era a Chapeuzinho Amarelo.

E de todos os medos que tinha
O medo mais que medonho

era o medo do tal do LOBO.
Um LOBO que nunca se via,
que morava lá pra longe,
do outro lado da montanha,
num buraco da Alemanha,
cheio de teia de aranha,
numa terra tão estranha,
que vai ver que o tal do LOBO nem existia.

Mesmo assim a Chapeuzinho tinha cada vez mais medo do medo

do medo do medo de um dia encontrar um LOBO.
Um LOBO que não existia.

E Chapeuzinho Amarelo,
de tanto pensar no LOBO,
de tanto sonhar com LOBO,
de tanto esperar o LOBO,
um dia topou com ele
que era assim:
carão de LOBO,
olhão de LOBO,
jeitão de LOBO,
e principalmente um bocão
tão grande que era capaz de comer duas avós,
um caçador, rei, princesa,

sete panelas de arroz…
E um chapéu de sobremesa. “

“Mas o engraçado é que,
assim que encontrou o LOBO,
a Chapeuzinho Amarelo
foi perdendo aquele medo:
o medo do medo do medo

do medo que tinha do LOBO.
Foi ficando só com um pouco de medo

daquele lobo.
Depois acabou o medo e ela ficou só com o lobo.

O lobo ficou chateado de ver aquela menina olhando pra cara dele,
só que sem o medo dele.
Ficou mesmo envergonhado, triste, murcho e branco-azedo,
porque um lobo, tirado o medo,

é um arremedo de lobo.
É feito um lobo sem pelo.
Um lobo pelado.

O lobo ficou chateado.

Ele gritou: sou um LOBO!
Mas a Chapeuzinho, nada.
E ele gritou: EU SOU UM LOBO!!!
E a Chapeuzinho deu risada.
E ele berrou: EU SOU UM LOBO!!!!!!!!!!
Chapeuzinho, já meio enjoada, com vontade de brincar de outra coisa.
Ele então gritou bem forte aquele seu nome de LOBO umas vinte e cinco vezes,
Que era pro medo ir voltando e a menininha saber com quem estava falando:
LO-BO LO-BO LO-BO LO-BO LO-BO LO-BO

LO-BO LO-BO LO-BO LO-BO

Aí, Chapeuzinho encheu e disse:
“Pára assim! Agora! Já! Do jeito que você tá!”
E o lobo parado assim, do jeito que o lobo estava, já não era mais um LO-BO.
Era um BO-LO.
Um bolo de lobo fofo, tremendo que nem pudim, com medo de Chapeuzim.
Com medo de ser comido,

com vela e tudo, inteirim.

Chapeuzinho não comeu aquele bolo de lobo, porque sempre preferiu de chocolate.
Aliás, ela agora come de tudo,

menos sola de sapato.
Não tem mais medo de chuva,

nem foge de carrapato.
Cai, levanta, se machuca,

vai à praia, entra no mato,
Trepa em árvore, rouba fruta,

depois joga amarelinha,
com o primo da vizinha, com a filha do jornaleiro,
com a sobrinha da madrinha
e o neto do sapateiro.

Mesmo quando está sozinha,

inventa uma brincadeira.
E transforma em companheiro

cada medo que ela tinha:
O raio virou orrái;
barata é tabará;
a bruxa virou xabru;
e o diabo é bodiá.

Ah, outros companheiros da Chapeuzinho Amarelo: o Gãodra, a Jacoru,

o Barão-tu, o Pão Bichôpa…
E outros tronsmons!



***



Amo o Chico... e recomendo!

Aline

domingo, 4 de novembro de 2007

Peixe fora d'água...


Fazia tempo que nem eu mesma visitava o meu blog.
Não tenho tido vontade de escrever.
Não tenho tido inspiração...
Tenho pensado, sim... a gente não pára de pensar...
E pensando, sente, age... vive.
Mas nem sempre o que pensamos, sentimos ou fazemos nos traz a necessidade de escrever.
Contudo, hoje... especificamente HOJE... eu pensei em reunir algumas idéias e registrá-las...
Ouvi tanta coisa importante hoje... tantas verdades sobre a nossa humanidade, sobre Deus, sobre PROVAÇÕES, lutas e coisas do tipo...
Mas o que ficou, no fim, é que Deus se importa... e como é bom pensar assim:
DEUS SE IMPORTA!
Registrei em meu coração que a palavra provação significa, entre tantos outros significados, "caminho doloroso" e cada um na vida tem o seu... tem a sua cruz... mas Deus se importa com as nossas dores, com a nossa força (ou fraqueza), com nossa dificuldade em entender tanta coisa...
Como é difícil e doloroso entender o caminho pelo qual segue a vida.
Nossos desejos esbarram com a realidade... abandonamos nossos sonhos, os sonhos de Deus pra nós e é tão ruim percebermos que isso entristece o coração de Deus...
Eu não quero entristecer o coração do Senhor... porque isso me fará triste...
É muito triste entristecer o coração de quem se ama... ainda mais quando esse alguém me amou primeiro...e com tamanho amor...
Somos humanos... erramos demais... somos tão falhos... mas o Senhor se importa... e perdoa, e dá forças, e conduz...
Ele abençoa e ouve a minha oração.
***
Novembro... nossa... quanto tempo...
***

sábado, 25 de agosto de 2007

Viver com paixão...

Vi um filme hoje em que um dos atores fez o seguinte comentário...
"os gregos não faziam obituários; eles faziam uma pergunta,
em tom de reflexão:
"Viveu com paixão?"
Aline

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

sol...

E o sol nasceu.
Nasceu e vai nascer.
Porque ele sempre nasce.
E ele brilha sobre os maus e sobre os bons.
Ele nasce, independente da esperança, se há ou não.
Ele nasceu. Pálido. Frio. Sem belas paisagens.
Nasceu como se por hábito.
Por ser mera rotina nascer.
Nasceu e eu tenho que acordar.
Ver e viver.

domingo, 19 de agosto de 2007

Tristeza


Tristeza
Em certos momentos a gente se sente tão triste.
É assim.
Há quem diga que é necessário sentir-se triste para que
possamos identificar a vivência do sentimento oposto...
Sem a referência da tristeza seria difícil nomear o que sentimos
quando estamos alegres, felizes.
Mas em certos dias é tão difícil falar destes sentimentos.
A tristeza toma um espaço no nosso corpo...
Parece não caber dentro da gente e a gente parece que vai transbordar.
E porque transborda de tristeza a gente chora... como se fosse necessário
extravasar a tristeza, como se chorar fosse uma válvula de escape.
A tristeza é um sentimento... ainda que essa definição seja vaga, porque
quando a gente está triste parece que aquilo que a gente sente é mais que isso.
A tristeza é resultante de alguma situação.
Resulta também, às vezes, de algo que a gente pensa.
É, porque só de pensar a gente fica triste, não sendo
necessária a ocorrência de alguma situação concreta pra que
a gente, efetivamente, se sinta assim.
A vida, por si, nos impõe certos precipícios,
nos coloca frente a obstáculos intransponíveis
e só nos resta lamentar.
Não há verdadeiramente nada a ser feito.
Ainda mais se formos contar com as nossas condições
humanas... somos tão fracos, tão vulneráveis.
Ai, como eu estou triste.
Line

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Rotina.


Voltando pra casa. Sexta. Depois de um dia cheio. Muito trabalho.
Depois de muita reflexão sobre as perdas da vida,
o rádio tocou uma canção.
Eu estava dirigindo. O carro. Não a vida...
Nem sabia que eu sabia a canção. Mas eu sabia e cantei.
Cantei com força.

"E depois,
A luz se apagou
E eu não consigo mais ficar sozinho aqui...
Sem você é tão ruim, não tem sentido, prazer
Não há nada.

Por favor,
Não me interpreta mal
Eu não queria, nem devia te magoar

O tempo vem, o tempo vai
Passa por mim, meio assim... meio assim devagar

Vou dormir sentindo
O que a solidão pode fazer

Há um ser ferido
Por saber que o erro era meu, só meu.

Já passou,
Agora já passou
Mas foi tão triste que eu não quero nem lembrar

Ter você
Ver você
Querer mais de nós dois não tem nada demais

E pensar...
Você aparecer
Pela janela tão bonita de manhã

Vem pra mim e não vai mais
Me abraça
Me abraça
Me abraça
Por tudo que for..."

(Lobão)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

O retorno...


Começo essa postagem meio sem saber o que vou escrever.
Não tenho nada em mente. Não tenho pensado coisas originais.
Nem sei por onde começar.
Pensar algo sobre mim, algo pessoal é, às vezes, conflitante.

É bem verdade que penso em escrever hoje
porque já faz tempo que não escrevo, que não posto.

Sinto que me cobro nesse sentido e essa cobrança me faz lembrar
alguns filmes em que o personagem é escritor e que,
porque escreve coisas interessantes, a editora cobra a escrita,
coloca prazos para que se produza algo.
Mas, definitivamente, este não é o meu caso.
Não sou escritora, não tenho prazos,
nem ao menos sei quantas pessoas se interessam
de fato pela minha escrita, pelo que penso, por minhas idéias.

Idéias. Minhas idéias. Meus pensamentos, meu eu.
Quem se importa? (fazendo menção ao tema do mês da juventude...)
Semana passada fui convidada a fazer uma palestra para pais.
Eu não sou mãe, mas o meu "psicologês" parece contribuir à educação,
ainda que não tenha experiência alguma nessa área (como mãe).
Queria ter filhos, na verdade uma filha,
mas não sei se esse é um plano de Deus para minha vida.

Usei uma frase na palestra:
"Para Drummond "fotografia é o codinome da mais aguda percepção".
Dito isto, ele lança sobre a alma hipóteses do ver nos quais
os olhos encerram todas as possibilidades da visão.
Ver ganha, aqui, sentido mais abstrato:
VI- VER. Vi, de ver.
E se, para mim, tudo é uma questão de alma,
se fotógrafo e fotografado constituem objeto de mais valia -
estética, emocional, o lucro então será RECONHECER,
pelas vias do SENTIMENTO e do instinto,
que ver é também inaugurar sinestesias e retinas.
A fotografia, nesse sentido, espelha-se no cristal
do momento refletido: VIDA SENDO,
e as lentes de uma câmara (oculta, de tanto SENTIMENTO),
flagrando o mundo todo."


Eu peguei a frase emprestada pra dizer tanta coisa.
Mas, na verdade, eu nem sei se disse.

A gente quer sempre dizer tanta coisa e não diz.
E quando diz, diz errado, ou não diz da forma como gostaria de dizer.
E a gente tem medo de dizer e de perder por dizer.
E a gente quer dizer pra ganhar, mas tem medo de arriscar.
Há quem não quer que a gente diga.
Tem medo de ouvir e de dizer: agora eu sei!!!!
Tem gente que nem deixa a gente tentar, a gente ser "vida sendo"!

Ver, Vi-ver, reconhecer, ser, não ser. Eis a questão.
Bem, não sei se fui clara. Não sei se posso ser mais clara.
Mais clara do fui.

Eis a minha fotografia. Queria ser nua.
Clara, óbvia, tentar e não me esconder atrás
da minha covardia em ser eu.
Queria não me justificar usando para
isso a covardia de outro ser.
Levar integralmente as minhas culpas.
Aline

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Pelo dia de amanhã...


(mais uma foto musical...
O ratinho tá cantando Jota Quest...
reparem no olhar triste...)

Só hoje...

Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar na boca de um jeito que te faça rir
Hoje eu preciso te abraçar
Sentir teu cheiro de roupa limpa
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz
Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada
Que me faça sentir alegria
Em estar vivo

Hoje eu preciso tomar um café,
ouvindo você suspirar
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia
Que eu faço tudo errado sempre, sempre
Hoje preciso de você
Com qualquer humor,
com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje


****
Ainda há romantismo...

Aline