domingo, 18 de março de 2007

Niterói

Cheguei. Fui a Nit nesse "finde".

Hoje, checando meu e-mail,
recebi um texto muito interessante.
Foi a Rosângela que enviou,
amiga que trabalhou comigo
na época do meu estágio na CAT,
em São Cristóvão, Rio.
Bom manter amizades.

Vou postar o texto e recomendo a leitura.
Beijo e boa semana pra todos
que passarem por aqui.

Ah! Só pra não esquecer:
Disse pro "Dan", meu sobrinho,
que iria contar um segredo pra ele...
que era pra ele não contar pra ninguém.
E ele prometeu guardar o segredo.
Disse pra mim que era "segredo LIMITAR"
(Tradução: "segredo militar").
Mas contou pra Lucélia.
O segredo era: "Dan, eu te amo".
E ele contou pra Lucélia:
"Ela disse que me ama, tia Lu".

É bom dizer e é bom ouvir.

Lá vai o texto:

LEIA MESMO ! ATÉ O FINAL! MUITO LEGAL!!!!!!!!!

Vai para 16 anos que estou aqui na Volvo,
uma empresa sueca.
Trabalhar com eles é uma convivência,
no mínimo, interessante.

Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar,
mesmo que aidéia seja brilhante e simples. É regra.
Então, nos processos globais,
nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos)
ficamos aflitos por resultados imediatos,
uma ansiedade generalizada.
Porém, nosso senso de urgência não surte
qualquer efeito neste prazo.
Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões, ponderações.
E trabalham num esquema bem mais "slow down".
O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando
certo no tempo delescom a maturidade da tecnologia e da necessidade:
bem pouco se perde aqui.
E vejo assim:
1. O país é do tamanho de São Paulo;
2. O país tem 2 milhões de habitantes;
3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes
(compare com Curitiba, que tem 2 milhões);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson,
Electrolux, Nokia, Nobel Biocare... Nada mal, não?
5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores
propulsores para os foguetes da NASA.

Digo para os demais nestes nossos grupos globais:
os suecos podem estar errados,
mas são eles que pagam muitos dos nossos salários.
Entretanto, vale salientar que não conheço um povo,
como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles.
Vou contar para vocês uma breve só para dar noção.
A primeira vez que fui para lá, em 90,
um dos colegas suecos me
pegava no hotel toda manhã.
Era setembro, frio, nevasca...
Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro
bem longe da porta de entrada
(são2.000 funcionários de carro).
No primeiro dia não disse nada,
no segundo, no terceiro...
Depois, com um pouco mais de intimidade,
numa manhã, perguntei:
"Você tem lugar demarcado para estacionar aqui?
Notei que chegamos cedo,
o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final".
Ele me respondeu simples assim:
"É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar -
quem chegar mais tarde já vai estar atrasado,
melhor que fique mais perto da
porta. Você não acha?"
Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira.
Deu para rever bastante os meus conceitos.
Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow
Food. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem
sua base na Itália (o site, é muito interessante
http://www.slowfood.com Veja-o!).

O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer
e beber devagar, saboreando os alimentos,
"curtindo" seu preparo, no convívio com a família,
com amigos, sem pressa e com qualidade.
A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o
que ele representa como estilo de vida
em que o americano endeusificou.
A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food
está servindo de base para um movimento mais
amplo chamado Slow Europe,
como salientou a revista Business Week numa edição européia.
A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da
"loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do
ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser".
Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses,
embora trabalhem menos horas (35 horas por semana) são mais produtivos
que seus colegas americanos ou ingleses.
E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana
de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade
crescer nada menos que 20%.
Essa chamada "slow atitude" está chamando a atenção
até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido)
e do "Do it now" (faça já).
Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos,
nem ter menor produtividade.
Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e
"produtividade" com maior perfeição,
atenção aos detalhes e com menos "stress".
Significa retomar os valores da família, dos amigos,
do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local",
presente e concreto em contraposição ao "global" - indefinido e anônimo.
Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos
prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver
e até da religião e da fé.
Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais
alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde seres humanos,
felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.
Gostaria de que você pensasse um pouco sobre isso...
Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou
ainda "A pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa
atenção nestes tempos de desenfreada loucura?
Será que nossas empresas não deveriam também pensar em
programas sérios de "qualidade sem-pressa" até para aumentar a
produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária
perda da "qualidade do ser"?
No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível,
em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para
dançar e ela responde:
"Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos."
"Mas em um momento se vive uma vida" - responde ele,
conduzindo-a num passo de tango.
E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.
Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo,
mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim...
Para outros, o tempo demora a passar; ficam
ansiosos com o futuro e se esquecem de
viver o presente, que é o único tempo que existe.
Tempo todo mundo tem, por igual! Ninguém tem mais nem
menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo.
Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon:
"A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro"...
Muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não podem
"perder" o seu tempo neste mundo globalizado. Pense e reflita, até que
ponto vale a pena deixar de curtir sua família. De ficar com a pessoa
amada, ir pescar no fim de semana ou outras coisas simples de fazer
que sempre adiamos... esquecemos do presente para pensar no futuro que
muitos nem chegarão nele...então pra que se preocupar com o que não existe
ainda.... Aproveite hoje, amanhã ... Poderá ser tarde demais!
Saber aprender para sobreviver...
Repasse aos seus amigos. Se tiver tempo!




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