quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Cenas do cotidiano...




Estamos em construção...
...em todos os sentidos...
sempre construindo a nós mesmos
e, no sentido que inicialmente queria dar à palavra:
construindo alguns cômodos lá em casa.
Um desses cômodos é um novo quarto pra mim...
uma suíte...
Mas, pra mim, ela vai ser pouco funcional... é...
Pouco funcional porque eu vou me negar a usar o banheiro...
Gente!!! É tudo muito caro... os olhos da cara!!!!
Uma privada é um absurdo de caro...não tenho coragem
de usar a privada depois de ter pago por ela mais de cem reais...
cruzes... todo esse preço pra depois...
Ah, não... me nego!
O banheiro novo é só de enfeite e pronto... tá decidido...
vou continuar usando o antigo...
É... vocês que passam por aqui acabam de descobrir...
EU SOU MUITO PÃO-DURA!!!!
(que nada... trabalho muito e valorizo o que ganho...)
Mas enfim...

No novo quarto há uma janela e tenho observado
que todos os dias tenho tido uma visita
ilustre e muito especial...
Descobri hoje, através do meu pai,
homem cheio de sabedoria,
que o
meu visitante diário é um "Sanhaço"
ou
Thraupis sayaca, pássaro
encontrado em centros urbanos,
geralmente nas praças e jardins.
Ele é um frungívoro, ou seja, se alimenta de frutas
(isso eu também aprendi hoje em um site)...
Mas o que há de especial no meu visitante?
Ele bica incessantemente a minha janela...

Quando meu quarto estiver pronto e eu dormir lá,
ele vai, provavelmente,
me acordar todas as manhãs...

Na minha visão psicológica e romântica de mundo,
o meu passarinho matinal estaria "paquerando"
seu próprio reflexo... meio narcisista ou, possivelmente,
"dando em cima" da fêmea disponível, ali, bem em frente a ele,
"dando mole", contudo, meu pai deu uma outra interpretação,
interpretação bem "coisa de homem mesmo":
- Aline, (ele disse), ele, o pássaro,
acha que o reflexo dele no vidro
é um outro macho e, por isso, fica marcando território,
brigando, bicando o oponente...

Depois que li a respeito sobre os "Sanhaços",
descobri que os machos têm características
diferentes das fêmeas,
fato que colocou a minha tese da paquera abaixo...
(a não ser que o Sanhaço seja homossexual...)

Sei que ele, o Sanhaço, visita outras janelas da minha casa,
sempre com o mesmo comportamento compulsivo:
bicar as janelas!!!
Estes dias eu saí às seis e tal da manhã e voltei umas dez...
ele já estava lá quando saí e permaneceu bicando a janela
pelo tempo que fiquei fora de casa...
Talvez ele precise de terapia...

***

Há alguns fins de semanas atrás,
uma "rolinha" entrou por uma das janelas do salão
e tentou sair por outra... só que ela estava fechada!
Bom, imaginem, foi aquela pancada...
e a rolinha, pobrezinha, caiu estatelada no chão...
foi parar atrás da geladeira...
quem achou foi o Pércio, que, ao ouvir o barulho,
acionou a família...
eu vi o último suspiro, coitada...
Pércio pegou a rolinha... entregou pro meu pai...
este último, entendido em ressuscitar
rolinhas e outros bichos,
fez massagem no peito,
jogou uns pinguinhos d'água pra ver se
despertava a desmaiada, abriu o bico,
e eu achei que ele ia fazer
respiração boca à boca, mas acalmem-se,
ele só soprou lá dentro...
Achei que ele iria tentar dar um choque na rolinha,
como nos filmes...
mas, não teve jeito... ela faleceu...
o golpe foi muito forte... ela não resistiu...
Achei que meu pai fosse enterrá-la...
No fundo, se ela ressuscitasse,
a gente teria que adotá-la,
tamanho o amor e a expectativa que,
naqueles poucos instantes,
a gente depositou no bichinho...
Mas ele, juntamente com o Henrique,
a envolveram em uma embalagem de batata palha Elma-chips
e deram pra um pescador na beira rio,
em frente à nossa casa...
ela iria servir de isca...
Nossa... de isca?!!!!
Que horror...
Ai, que triste fim...
Fiquei arrasada com o fim da rolinha...

***

Quero escolher um nome pro meu "Sanhaço"...
aceito sugestões... não sei como ele canta,
mas ele deve cantar...
A foto do post é só pra ilustrar, mas o meu Sanhaço
é mais esverdeado que azul...
Estes dias eu vi uma comunidade no orkut
que fazia referência à idéia
de que a gente atrai aquilo que transmite...
pensei: amo música, atraio pássaros...
principalmente os compulsivos e suicidas...

Abreijos...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A idéia original era...




Quando postei o texto abaixo, antes de escrevê-lo, minha intenção era, caso minhas idéias não "fugissem" da mente e tomassem forma de escrita, postar um dos "meus" textos preferidos...

O texto fala de enfrentamento... do ato de encarar nossos medos... (eita... tarefa difícil...)

Pra não fugir da idéia original, lá vai...

Chapeuzinho Amarelo

Chico Buarque

“Era a Chapeuzinho Amarelo.
Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
Em festa, não aparecia.
Não subia escada, nem descia.
Não estava resfriada, mas tossia.
Ouvia conto de fada, e estremecia.
Não brincava mais de nada, nem de amarelinha.

Tinha medo de trovão.
Minhoca, pra ela, era cobra.
E nunca apanhava sol, porque tinha medo da sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava sopa pra não ensopar.
Não tomava banho pra não descolar.
Não falava nada pra não engasgar.
Não ficava em pé com medo de cair.
Então vivia parada, deitada, mas sem dormir,

com medo de pesadelo.

Era a Chapeuzinho Amarelo.

E de todos os medos que tinha
O medo mais que medonho

era o medo do tal do LOBO.
Um LOBO que nunca se via,
que morava lá pra longe,
do outro lado da montanha,
num buraco da Alemanha,
cheio de teia de aranha,
numa terra tão estranha,
que vai ver que o tal do LOBO nem existia.

Mesmo assim a Chapeuzinho tinha cada vez mais medo do medo

do medo do medo de um dia encontrar um LOBO.
Um LOBO que não existia.

E Chapeuzinho Amarelo,
de tanto pensar no LOBO,
de tanto sonhar com LOBO,
de tanto esperar o LOBO,
um dia topou com ele
que era assim:
carão de LOBO,
olhão de LOBO,
jeitão de LOBO,
e principalmente um bocão
tão grande que era capaz de comer duas avós,
um caçador, rei, princesa,

sete panelas de arroz…
E um chapéu de sobremesa. “

“Mas o engraçado é que,
assim que encontrou o LOBO,
a Chapeuzinho Amarelo
foi perdendo aquele medo:
o medo do medo do medo

do medo que tinha do LOBO.
Foi ficando só com um pouco de medo

daquele lobo.
Depois acabou o medo e ela ficou só com o lobo.

O lobo ficou chateado de ver aquela menina olhando pra cara dele,
só que sem o medo dele.
Ficou mesmo envergonhado, triste, murcho e branco-azedo,
porque um lobo, tirado o medo,

é um arremedo de lobo.
É feito um lobo sem pelo.
Um lobo pelado.

O lobo ficou chateado.

Ele gritou: sou um LOBO!
Mas a Chapeuzinho, nada.
E ele gritou: EU SOU UM LOBO!!!
E a Chapeuzinho deu risada.
E ele berrou: EU SOU UM LOBO!!!!!!!!!!
Chapeuzinho, já meio enjoada, com vontade de brincar de outra coisa.
Ele então gritou bem forte aquele seu nome de LOBO umas vinte e cinco vezes,
Que era pro medo ir voltando e a menininha saber com quem estava falando:
LO-BO LO-BO LO-BO LO-BO LO-BO LO-BO

LO-BO LO-BO LO-BO LO-BO

Aí, Chapeuzinho encheu e disse:
“Pára assim! Agora! Já! Do jeito que você tá!”
E o lobo parado assim, do jeito que o lobo estava, já não era mais um LO-BO.
Era um BO-LO.
Um bolo de lobo fofo, tremendo que nem pudim, com medo de Chapeuzim.
Com medo de ser comido,

com vela e tudo, inteirim.

Chapeuzinho não comeu aquele bolo de lobo, porque sempre preferiu de chocolate.
Aliás, ela agora come de tudo,

menos sola de sapato.
Não tem mais medo de chuva,

nem foge de carrapato.
Cai, levanta, se machuca,

vai à praia, entra no mato,
Trepa em árvore, rouba fruta,

depois joga amarelinha,
com o primo da vizinha, com a filha do jornaleiro,
com a sobrinha da madrinha
e o neto do sapateiro.

Mesmo quando está sozinha,

inventa uma brincadeira.
E transforma em companheiro

cada medo que ela tinha:
O raio virou orrái;
barata é tabará;
a bruxa virou xabru;
e o diabo é bodiá.

Ah, outros companheiros da Chapeuzinho Amarelo: o Gãodra, a Jacoru,

o Barão-tu, o Pão Bichôpa…
E outros tronsmons!



***



Amo o Chico... e recomendo!

Aline

domingo, 4 de novembro de 2007

Peixe fora d'água...


Fazia tempo que nem eu mesma visitava o meu blog.
Não tenho tido vontade de escrever.
Não tenho tido inspiração...
Tenho pensado, sim... a gente não pára de pensar...
E pensando, sente, age... vive.
Mas nem sempre o que pensamos, sentimos ou fazemos nos traz a necessidade de escrever.
Contudo, hoje... especificamente HOJE... eu pensei em reunir algumas idéias e registrá-las...
Ouvi tanta coisa importante hoje... tantas verdades sobre a nossa humanidade, sobre Deus, sobre PROVAÇÕES, lutas e coisas do tipo...
Mas o que ficou, no fim, é que Deus se importa... e como é bom pensar assim:
DEUS SE IMPORTA!
Registrei em meu coração que a palavra provação significa, entre tantos outros significados, "caminho doloroso" e cada um na vida tem o seu... tem a sua cruz... mas Deus se importa com as nossas dores, com a nossa força (ou fraqueza), com nossa dificuldade em entender tanta coisa...
Como é difícil e doloroso entender o caminho pelo qual segue a vida.
Nossos desejos esbarram com a realidade... abandonamos nossos sonhos, os sonhos de Deus pra nós e é tão ruim percebermos que isso entristece o coração de Deus...
Eu não quero entristecer o coração do Senhor... porque isso me fará triste...
É muito triste entristecer o coração de quem se ama... ainda mais quando esse alguém me amou primeiro...e com tamanho amor...
Somos humanos... erramos demais... somos tão falhos... mas o Senhor se importa... e perdoa, e dá forças, e conduz...
Ele abençoa e ouve a minha oração.
***
Novembro... nossa... quanto tempo...
***

sábado, 25 de agosto de 2007

Viver com paixão...

Vi um filme hoje em que um dos atores fez o seguinte comentário...
"os gregos não faziam obituários; eles faziam uma pergunta,
em tom de reflexão:
"Viveu com paixão?"
Aline

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

sol...

E o sol nasceu.
Nasceu e vai nascer.
Porque ele sempre nasce.
E ele brilha sobre os maus e sobre os bons.
Ele nasce, independente da esperança, se há ou não.
Ele nasceu. Pálido. Frio. Sem belas paisagens.
Nasceu como se por hábito.
Por ser mera rotina nascer.
Nasceu e eu tenho que acordar.
Ver e viver.

domingo, 19 de agosto de 2007

Tristeza


Tristeza
Em certos momentos a gente se sente tão triste.
É assim.
Há quem diga que é necessário sentir-se triste para que
possamos identificar a vivência do sentimento oposto...
Sem a referência da tristeza seria difícil nomear o que sentimos
quando estamos alegres, felizes.
Mas em certos dias é tão difícil falar destes sentimentos.
A tristeza toma um espaço no nosso corpo...
Parece não caber dentro da gente e a gente parece que vai transbordar.
E porque transborda de tristeza a gente chora... como se fosse necessário
extravasar a tristeza, como se chorar fosse uma válvula de escape.
A tristeza é um sentimento... ainda que essa definição seja vaga, porque
quando a gente está triste parece que aquilo que a gente sente é mais que isso.
A tristeza é resultante de alguma situação.
Resulta também, às vezes, de algo que a gente pensa.
É, porque só de pensar a gente fica triste, não sendo
necessária a ocorrência de alguma situação concreta pra que
a gente, efetivamente, se sinta assim.
A vida, por si, nos impõe certos precipícios,
nos coloca frente a obstáculos intransponíveis
e só nos resta lamentar.
Não há verdadeiramente nada a ser feito.
Ainda mais se formos contar com as nossas condições
humanas... somos tão fracos, tão vulneráveis.
Ai, como eu estou triste.
Line

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Rotina.


Voltando pra casa. Sexta. Depois de um dia cheio. Muito trabalho.
Depois de muita reflexão sobre as perdas da vida,
o rádio tocou uma canção.
Eu estava dirigindo. O carro. Não a vida...
Nem sabia que eu sabia a canção. Mas eu sabia e cantei.
Cantei com força.

"E depois,
A luz se apagou
E eu não consigo mais ficar sozinho aqui...
Sem você é tão ruim, não tem sentido, prazer
Não há nada.

Por favor,
Não me interpreta mal
Eu não queria, nem devia te magoar

O tempo vem, o tempo vai
Passa por mim, meio assim... meio assim devagar

Vou dormir sentindo
O que a solidão pode fazer

Há um ser ferido
Por saber que o erro era meu, só meu.

Já passou,
Agora já passou
Mas foi tão triste que eu não quero nem lembrar

Ter você
Ver você
Querer mais de nós dois não tem nada demais

E pensar...
Você aparecer
Pela janela tão bonita de manhã

Vem pra mim e não vai mais
Me abraça
Me abraça
Me abraça
Por tudo que for..."

(Lobão)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

O retorno...


Começo essa postagem meio sem saber o que vou escrever.
Não tenho nada em mente. Não tenho pensado coisas originais.
Nem sei por onde começar.
Pensar algo sobre mim, algo pessoal é, às vezes, conflitante.

É bem verdade que penso em escrever hoje
porque já faz tempo que não escrevo, que não posto.

Sinto que me cobro nesse sentido e essa cobrança me faz lembrar
alguns filmes em que o personagem é escritor e que,
porque escreve coisas interessantes, a editora cobra a escrita,
coloca prazos para que se produza algo.
Mas, definitivamente, este não é o meu caso.
Não sou escritora, não tenho prazos,
nem ao menos sei quantas pessoas se interessam
de fato pela minha escrita, pelo que penso, por minhas idéias.

Idéias. Minhas idéias. Meus pensamentos, meu eu.
Quem se importa? (fazendo menção ao tema do mês da juventude...)
Semana passada fui convidada a fazer uma palestra para pais.
Eu não sou mãe, mas o meu "psicologês" parece contribuir à educação,
ainda que não tenha experiência alguma nessa área (como mãe).
Queria ter filhos, na verdade uma filha,
mas não sei se esse é um plano de Deus para minha vida.

Usei uma frase na palestra:
"Para Drummond "fotografia é o codinome da mais aguda percepção".
Dito isto, ele lança sobre a alma hipóteses do ver nos quais
os olhos encerram todas as possibilidades da visão.
Ver ganha, aqui, sentido mais abstrato:
VI- VER. Vi, de ver.
E se, para mim, tudo é uma questão de alma,
se fotógrafo e fotografado constituem objeto de mais valia -
estética, emocional, o lucro então será RECONHECER,
pelas vias do SENTIMENTO e do instinto,
que ver é também inaugurar sinestesias e retinas.
A fotografia, nesse sentido, espelha-se no cristal
do momento refletido: VIDA SENDO,
e as lentes de uma câmara (oculta, de tanto SENTIMENTO),
flagrando o mundo todo."


Eu peguei a frase emprestada pra dizer tanta coisa.
Mas, na verdade, eu nem sei se disse.

A gente quer sempre dizer tanta coisa e não diz.
E quando diz, diz errado, ou não diz da forma como gostaria de dizer.
E a gente tem medo de dizer e de perder por dizer.
E a gente quer dizer pra ganhar, mas tem medo de arriscar.
Há quem não quer que a gente diga.
Tem medo de ouvir e de dizer: agora eu sei!!!!
Tem gente que nem deixa a gente tentar, a gente ser "vida sendo"!

Ver, Vi-ver, reconhecer, ser, não ser. Eis a questão.
Bem, não sei se fui clara. Não sei se posso ser mais clara.
Mais clara do fui.

Eis a minha fotografia. Queria ser nua.
Clara, óbvia, tentar e não me esconder atrás
da minha covardia em ser eu.
Queria não me justificar usando para
isso a covardia de outro ser.
Levar integralmente as minhas culpas.
Aline

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Pelo dia de amanhã...


(mais uma foto musical...
O ratinho tá cantando Jota Quest...
reparem no olhar triste...)

Só hoje...

Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar na boca de um jeito que te faça rir
Hoje eu preciso te abraçar
Sentir teu cheiro de roupa limpa
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz
Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada
Que me faça sentir alegria
Em estar vivo

Hoje eu preciso tomar um café,
ouvindo você suspirar
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia
Que eu faço tudo errado sempre, sempre
Hoje preciso de você
Com qualquer humor,
com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje


****
Ainda há romantismo...

Aline

terça-feira, 5 de junho de 2007

Junho...


"Porque às vezes faz falta aprender a lidar com o que não gostamos.
Um medo só se vence quando se ultrapassa e não quando se contorna."


Só mais um comentário...
Depois da postagem anterior,
percebi que ela era a 1ª do mês de junho.
É...o tempo... passando, correndo, voando e,
às vezes, tão lento, tão lerdo, parando.

O que Deus tem reservado para este mês?
O que Ele fará?
O que está na mente d'Ele pra mim?

Em julho eu te conto... porque nem eu mesma sei!

Aline

Esse mês será o mês de "fotos musicais",
em homenagem ao som do carro,
a grande benção de maio.




A estranheza da vida...


Certas situações não fazem sentido.
Certas situações são tão estranhas...

Lembro-me que a minha primeira professora de piano
me mostrou pela primeira vez este instrumento por dentro.
E isso faz sentido: a primeira professora, apresentando pela
primeira vez um piano em sua "intimidade".

Naquela época eu não entendi como aquilo funcionava,
mas fiquei impressionada com aquele
aparato todo que produzia som.

Confesso que até hoje o interior de um piano me fascina.
E a atitude de minha professora foi tão importante pra mim
que até hoje quando tenho a oportunidade de reproduzir
o comportamento dela eu o faço, apresento a "intimidade"
de um piano pra alguém e me sinto muito bem porque considero
ter contribuido pra cultura de outrem,
assim como ela contribuiu para a minha.

Ocorre que em muitas outras situações eu me sinto
como que "apresentada" a algo inusitado.
Ou melhor, as situações se apresentam pra nós
de maneira tão surpreendente que a gente nem crê
que determinadas coisas poderiam acontecer de fato.
E isso causa estranheza.

E, em especial, muitas vezes o que mais
me causa estranheza é me deparar com o meu próprio interior.
Nessas ocasiões tenho a sensação que alguém
abre "a porta" do "meu piano" e apresenta
o meu interior de forma invasiva
e aponta para aquele aparato, o meu eu,
e tenta explicar o "meu funcionamento",
o meu jeito tão peculiar de processar as coisas.

E, como eu, diante do interior do piano,
nem todo mundo entende a princípio
como é que eu vivo,
quais são os meus sonhos,
a minha forma particular de produzir
a minha "sinfonia", "aquela" cujo título é "VIDA",
a minha vida.

Aline


terça-feira, 29 de maio de 2007

O amor de Deus está em TUDOOO!




Penso que Deus tem várias maneiras de falar com a gente.
Essa semana, tenho ouvido muito
algumas músicas do Diante do Trono.
E uma das músicas ouvidas nunca tinha chamado
muito a minha atenção.
Estranhamente ela me veio à minha mente durante
o meu horário de trabalho e eu fiquei
tentando cantá-la sem saber muito bem a letra.
Mas, entrando no carro, que agora tem som (olha que benção!!),
coloquei pra ouvi-la... e qual não foi a minha surpresa:
a música é perfeita para o momento que vivo.
Falou tanto ao meu coração... de forma surpreendente!
Foi escolhida "a dedo" e "apareceu" na minha mente,
como que por um passe de mágica,
embora eu saiba que, para Deus, não há acasos!
Ela "apareceu" na minha mente pra que eu prestasse atenção nela,
na mensagem que Deus quer que eu entenda.
.......
Eis a letra do hino:

Não haverá impossíveis

(Ana Paula Valadão Bessa)

"Porque para Deus, não haverá impossíveis.
Porque para Deus, não haverá impossíveis.
Em todas as suas palavras.

Coloco os meus olhos em Ti,
Quando as circunstâncias parecem mentir,
Tentando roubar minha fé,
Tentando me desanimar, me fazer desistir.
Mas eu sei que a visão se cumprirá, não falhará
Pode o tempo passar, mas o que Deus falou, Ele fará!

Meus olhos estão em Ti, Senhor
Pois por mim mesmo nada posso fazer,
Espero somente em Ti, Senhor,
Teu braço forte opera o impossível!"

...........

Você que visita o meu blog, saiba:
essa mensagem não é só minha,
ela é também sua.

Deus quer falar isso pra nós e por isso você está
neste momento lendo esse texto.

Novamente, não há acasos para Deus!!!

Então acredite: pra Deus não há impossíveis.
Coloque seus olhos n'Ele e não nas adversidades.

Confie n'Ele! Reconheca-O como sua força!
Sinta-se "diferente" porque Ele está contigo
se você o reconhece no seu caminho.

Como na passagem do caminho de Emaús,
os discípulos não reconheceram Jesus no caminho,
contudo, sentiram algo diferente, algo "arder" no peito
em função da preseça D'Ele, do que Ele falava.

Sejamos sensíveis à presença d'Ele, porque não há prazer
maior do que sentir o coração arder por causa d'Ele
falando conosco, tratando conosco!

E que, como os discípulos, nós possamos convidar
a Cristo: "Fica, Senhor, fica conosco" e não tenha dúvidas...
Ele irá ficar contigo, te fazer companhia!

Aline

domingo, 27 de maio de 2007

Os cuidados do Senhor.





Estes últimos dias foram dias especiais para mim.
Fiz aniversário e, como em um filme,
muitas coisas passaram por minha mente.
Muitas memórias. Muitas conquistas.
Algumas perdas. Muitos livramentos.
Perceber que o Senhor me ama
foi um grande presente de aniversário.
Deus tem trabalhado em mim
um tema muito delicado para a maior parte
das pessoas: o TEMPO!
Em uma das minhas últimas postagens
eu mencionei que o Senhor é um excelente
Jardineiro e que deveríamos aguardar a primavera de Deus.
E tem sido assim na minha vida.
O meu Jardineiro tem me ensinado
o tempo, que o esperar é necessário
para que, na colheita,
tenhamos as flores mais belas.
E eu as tenho colhido.
Flores belas. Momentos cuidadosamente planejados por Deus.
Viajei no sábado.
Colhi uma flor... ou melhor, várias.
Voltei desfrutando uma flor que canta.
Vi no céu um espetáculo PRA MIM...
literalmente a "esquadrilha da fumaça"
fazendo acrobacias no céu azul,
que por si só já era um presente de Deus!
Cantei, vibrei, curti!
Hoje eu sei que o Senhor quer me surpreender!
Que Ele está planejando estrategicamente cada detalhe,
pra que eu "os conte", os enumere,
se é que será possível, uma vez que são tantos...
e Ele quer que eu "os conte",
que eu fale do amor d'Ele!
Pra que eu lhe dê honra!
Porque sem Ele eu nada posso fazer!
Eu quero falar disso com minha voz,
escolhendo palavras belas,
as mais belas pra falar de DEUS!
Ele quer que eu escreva, que eu testemunhe,
que o meu andar "leve", de leveza, "leve", do verbo levar,
as pessoas a se lembrarem
d'Ele, que as bençãos e graças vindas d'Ele
façam com que outros o queiram!
Queiram o amor d'Ele, que é dádiva,
é graça, e isso significa que não somos merecedores,
mas que Ele nos ama, ainda assim.

Hoje eu pensei em saudade.
E Ele supriu minhas necessidades.
Hoje Ele livrou alguém que amo
e assim tem feito sempre.

E eu digo:
"Senhor, eu sei que Tu estás preparando um jardim!
Um jardim belo, com flores, diversas espécies.
Multicolorido, repleto de odores leves,
que me envolverão numa atmosfera suave!
Jardim cheio de frescor, repleto da presença
do Jardineiro, agradável, seguro, que inspire a mais
doce paz. Jardim que "convida", e que "COM VIDA"
será lugar de comunhão, de alegria, de FAMÍLIA, de AMOR!
Essas são as promessas que o Senhor tem colocado
em meu coração, as sementes do meu jardim...

Aline

quinta-feira, 24 de maio de 2007

29 indoooo....

Quero registrar que hoje, exatamente agora,
tô vivendo meus últimos momentos com 29 anos!
Meu Deus! Como o tempo passou...
Quanta coisa já aconteceu pra mim...
Obrigada, Pai.
Li isto esses dias:
"(...)temos a obrigação
de cumprir a missão que nos foi dada por Deus.
Eu tenho a obrigação diante dEle
de escolher o que Ele escolheu para mim.”
Viva os 30!

segunda-feira, 21 de maio de 2007

A Lulu já sabe ler!!!!

A Maria Luísa tá toda metida achando que já sabe ler...
Aí começa a "ler" papéis e a inventar textos
com muita propriedade... uma verdadeira atriz!
A última dela foi quando estávamos indo ao supermercado
no sábado à noite. Em frente ao Fluminense
(um dos supermercados daqui de Itaperuna)
tem um outdoor que, atualmente, exibe dois cartazes
anunciando um filme, "O Ilusionista".
As duas fotos que seguem reproduzem
"mais ou menos" o outdoor.


Então, ao passar pelo outdoor,
a Lulu, mais que depressa,
resolveu ler o nome do filme.
E com voz de quem lê,
pausadamente e sem nenhuma dúvida
do que "estava escrito" ela "leu" o nome do filme:
"O anel e o ovo vermelho"
(vermelho porque no outdoor
a foto saiu avermelhada!).
Todo mundo no carro deu risada...
e ela ficou sem graça.
Mas, lá dentro do mercado,
quando eu e ela estávamos sós,
ela me perguntou bem baixinho:
"Tia, como é mesmo o nome do filme??"

A inocência da criança é uma delícia!!!

Queria poder registar essas coisas
pra não esquecer...
memorizar momentos em família,
sorrisos que a gente dá tão facilmente...
e que valem tantoo...

Aline

domingo, 20 de maio de 2007

O Senhor faz da estéril mãe de filhos e que o solitário habite em família! E eu O louvo por isso!

Pare de se lamentar!!
"(...) o teu Deus, te ungiu com ÓLEO DE ALEGRIA (Salmos 45:7)"

"(...) óleo de gozo em vez de pranto,
vestidos de louvor em vez de ESPÍRITO ANGUSTIADO;
a fim de que se chamem árvores de justiça,
plantação do Senhor, para que ele seja glorificado. (Isaías 61:3)

Existe jardineiro melhor do que o Senhor?
Aguarde a Primavera!

Na terra seca

Composição: Ana Paula Valadão Bessa

Na terra seca e estéril
A chuva do céu desceu
Cobrindo os vales, abrindo as fontes
Tirando o luto e trazendo cor

Veste de louvor ao invés de espírito angustiado
Veste de justiça ao invés da vergonha do pecado

Mudaste meu pranto em festa
Em lugar da tristeza me deste dupla alegria
Em vez de desonra, a honra
E um novo nome de vencedor

De desprezado que eu era
Agora me chama "cidade não deserta"
Ruínas restauradas, onde há dança e brados de louvor


É o Senhor que pode mudar a minha,

a sua SORTEEEEEE!!

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Pensamentos...

Uma das minhas escolhas na faculdade
(e depois dela) foi atuar em uma determinada
abordagem em Psicologia.
Em Psicologia existem áreas de atuação
e, a grosso modo, tais áreas direcionam o
olhar do profissional em relação ao paciente.
Por exemplo, um Terapeuta Comportamental
incidirá seu olhar sobre o...???
Comportamento, obviamente.
Eu, Aline, escolhi ser uma Terapeuta Cognitiva,
o que indica que eu observarei
em meus pacientes suas cognições...
E o que são cognições?
Cognição é sinônimo de "pensamento",
o que quer dizer que eu "busco" observar pensamentos.
Mas isso não é possível, a não ser que existisse
"legenda" para expor ao mundo o que as pessoas pensam.
Mas, infelizmente, ou felizmente, isso não existe.
Os pensamentos só são acessíveis se o meu paciente
me contar o que ele ou ela anda pensando.
E isso com certeza passa por um criiiiivo...
por uma seleção... e quem não o faz apresenta indícios de
um comportamento disfuncional, sem qualquer censura.

Uma das técnicas que a gente utiliza pra ter acesso
aos pensamentos é pedir que o paciente os registre.

Hoje eu quero ser minha própria terapeuta
e confessar que o meu blog é um (ou tenta ser) um
registro de alguns de meus pensamentos.
Você já reparou o quanto a gente pensa?
Eu gostaria de poder registrar "metade"
de meus pensamentos...

Enfim, vou tentar registrar alguns:
Instalaram uma lâmpada num poste em frente
à minha casa. À noite reparei que muitos insetos
voavam ao redor da luz forte da lâmpada recém instalada.
Não eram vaga-lumes, inseto que sempre me chamou a atenção,
mas brilhavam como se fosse.
Insetos, em geral, procuram a luz e pela proximidade dela
passam a brilhar como se tivessem luz própria.
Mas, ao se afastarem da luz, indo para a escuridão,
perdem seu encanto. Param de brilhar.
Pensei isso encanto tomava café com broa.
...
Pensei hoje que a garrafa de café de minha casa
não está esquentando o café por muito tempo,
(nem por pouco tempo).
Café frio não é bom.
Pensei em comprar outra garrafa.
Algumas coisas a gente pode resolver assim... outras, não.
...
Arranhei o carro hoje. A calota do carro... porque o espelho estava numa
posição ruim pra que eu visse direito a calçada.
Pessoas ou coisas que não estão na posição correta,
ou que não se posicionam, sempre trazem problemas.
Contei pro meu pai com tristeza:
- Pai, arranhei a calota do carro.
Isso pra mim era algo muito ruim, muito chato mesmo.
Ele respondeu:
- Demorou... já não era sem tempo.
Por que pra gente algumas coisas são tão grandes
e pra outras pessoas são tão naturais?
...
Quando estacionava o carro na garagem,
ação que sempre me lembra que alguém
faz isso com muito mais facilidade que eu,
pensei que no final do mês eu faço aniversário
e pensei: se Jesus quisesse me dar um presente,
o que eu pediria?
Tive uma resposta (e eu sei que Jesus é a única pessoa
capaz de ler meus pensamentos...), mas
aí eu me lembrei que ontem, já no meu travesseiro,
eu pedi a Ele uma resposta.
E me veio ao pensamento que Ele já pode ter
me dado essa resposta, mas que eu não estou sendo sensível
pra vê-la com clareza.
O Pastor Gessy orou pedindo que tivéssemos sensibilidade
no domingo à noite e, depois desses pensamentos,
eu coloquei no meu "msn"a seguinte frase:
"Deus vai mostrando... e a gente tem que ir entendendo..."
Só que eu penso que a gente sempre espera
que as respostas de Deus devem ser complexas
e eu acredito que não necessariamente tem que ser assim.

Enfim... esses foram alguns de meus pensamentos.
Agora eu estou pensando que eu devo ir dormir e parar de pensar.
Amanhã acordo às 6:00... como eu detesto acordar cedo.
A propósito, eu penso isso todos os dias de manhã.




sábado, 12 de maio de 2007

Neve.



Foi num sonho...
Um sonho em que recebi um telefonema.
Atendi com o "oi", o meu "oi" sorridente.
Sim! Um "oi" pode ser sorridente, um"oi" feliz, um "oi" contente.
Aquele "oi" de quem recebe sorrindo um telefonema.
"Aquele" telefonema que já se reconhece quem é do outro lado,
porque até o telefone toca diferente, parece tocar música bela,
música "muito chique", piano singelo, sinfonia harmoniosa, original.
E tudo neste sonho era especial. Porque no sonho, não só ouvia a voz,
voz de 1º tenor, voz que dizia "alouuu" eu também via... via!
Eu via! E quase sentia o cheiro, o calor.
Mas eu o via na neve, branca, alva, fria.
E lá estava ele, frio, ligando pra mim.

Gelado.
Gelado como quando o telefone não toca.
E então, eu acordei.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Mais uma coisa...


Hoje, feriado em Itaperuna,
resolvi fazer umas arrumações
no meu quarto... poeira, papel demais...
coisas desse tipo.
Em um dos livros da estante empoeirada
encontrei uma cartinha que tinha escrito
como dedicatória de um livro que eu
iria presentear...
Na cartinha tinha um trecho de um livro:
"A felicidade não pode se alimentar apenas
das recordações do passado,
necessita também dos sonhos do futuro"
(Jorge Amado)
Tomei nota dessa frase e hoje ela fez tanto
sentido pra mim...
Este trecho é de um livro,
um dos belos livros que tive a sorte de ler,
"O gato malhado e a andorinha Sinhá", do Jorge Amado.
É um romance de um gato e uma andorinha.
Gatos, em geral, supostamente perseguem andorinhas,
então, o livro conta a história de um amor
meio impossível e desacreditado.
Esse livro é de uma poesia belíssima.
Minha mãe não gosta de Jorge Amado
e, pela influência dela, eu sempre relutei
em ler algo desse autor. Preconceito. Infelizmente.
Mas, pra provar que eu estava enganada
e que mudei de opinião, eu amei o livro. E indico.
Pra quem gosta de poesia... de beleza, de histórias.
Eu amo poesia.
Amo histórias belas.

Aline

Minha habitação...


Enfim, uma postagem. Depois de tanto tempo.
Às vezes é muito difícil escrever. Outras vezes é tão fácil e necessário.
A figura que escolhi pra ilustrar a postagem é uma casa.
Crianças gostam de desenhar casas.
Talvez porque uma "casa" signifique o lugar de nossa habitação.
E não há nada que se conheça mais do que "a sua casa".
E por isso, talvez, elas desenhem casas com tanta naturalidade.
Não falo no sentido de morada, habitação no sentido de estrutura,
com paredes, janelas, portas.
Falo no sentido da nossa habitação interior.
Essa casa onde habita o nosso ser.
Esse lugar que abriga nossos pensamentos mais íntimos.
E pensando nesse sentido, imagino que uma das razões
que pode justificar a dificuldade que encontro, às vezes, de escrever
é que as portas desta casa em que habito estão fechadas.
Fechadas para que não saiam as palavras, as idéias, certas emoções
que não são conhecidas por mim mesma de maneira clara.

Nos últimos tempos tenho pensado muito em "morte".
Perdi alguns amigos neste ano.
Faço 30 anos em alguns dias.
E a vida, nessa altura, já coleciona tantas perdas.
Estes dias conheci uma pessoa que me enviou o seguinte poema:


"Solidão"

A maior solidão é a do ser que não ama.
A maior solidão é a dor do ser que se ausenta,
Que se defende, que se fecha,
Que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo,
No absoluto de si mesmo,
O que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor,
De amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar,
O que tem medo de ferir e ferir-se,
O ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo.
Esse queima como uma lâmpada triste,
Cujo reflexo entristece também tudo em torno.
Ele é a angústia do mundo que o reflete.
Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção,
As que são o patrimônio de todos, e,
Encerrado em seu duro privilégio,
Semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.

(Vinicius de Moraes)

Eu entendi o motivo pelo qual esse poema me foi enviado.
O pior foi que eu entendi.

Mas a vida é tão difícil de ser vivida.
As pessoas verdadeiramente morrem.
As pessoas realmente desistem.
As coisas realmente podem não dar certo.

Eu sei que devemos crer nos outros 50% de chances que existem
de que a vida não seja tão difícil,
de que muitos queridos terão vida longa,
de que muitos não desistirão de nós,
de que as coisas podem verdadeiramente dar certo.

Eu quero que a minha casa seja florida.
Seja casa de esperança, com portas abertas,
para pássaros curiosos que com pequenos pulinhos
adentrem as minhas salas trazendo canto.
Que minhas janelas estejam abertas
pra "luz do céu entrar".

Quero uma casa com pessoas ansiosas nas janelas esperando
outras pessoas queridas que irão chegar.

E que essas pessoas queridas em dias frios
se aconcheguem umas às outras pra se aquecerem,
e pra falar de histórias vividas,
lembranças compartilhadas nessas difentes "casas",
nessas habitações onde existem placas de entrada:

"Aqui mora gente feliz".

Não me entenda mal.
Não sou ingrata.
A vida me dá muita coisa boa.
Muitas histórias felizes pra contar.
Mas é que eu tô com tanto medo de viver.
Medo de deixar as portas abertas.

Aline

sábado, 24 de março de 2007

Fim de semana.

Fim de semana.
Cheia de coisa pra fazer.
Mas é fim de semana e eu tô só fazendo coisas inúteis.
Mas, faz parte.
...
Ontem foi a formatura do Emanu.
Foi bom ir, embora seja chato não entender nada,
uma vez que a festa era "da turma".

Algumas coisas foram interessantes:
Em um dos discursos foi dito que
um determinado pensador
(que eu não consegui ouvir quem era)
enumerou 3 grandes medos da humanidade:
Medo da morte:
(por ser algo que desconhecemos;
a morte, ou o que vai acontecer com a gente
depois dela, é uma questão de fé,
na minha opinião).
Medo de amar:
(não quero nem comentar...).
Medo da liberdade:
(a gente teme escolher errado,
teme ter escolhido errado...)

...
Outra frase em um dos discursos foi essa a seguir:
"Fracassei em tudo o que tentei na vida.

Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui.

Tentei salvar os índios, não consegui.

Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.

Tentei fazer o Brasil desenvolver-se
autonomamente e fracassei.
Mas os fracassos são minhas vitórias .
Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu"

Darcy Ribeiro

Show!

Bom final de semana.
Muita paz.


domingo, 18 de março de 2007

Niterói

Cheguei. Fui a Nit nesse "finde".

Hoje, checando meu e-mail,
recebi um texto muito interessante.
Foi a Rosângela que enviou,
amiga que trabalhou comigo
na época do meu estágio na CAT,
em São Cristóvão, Rio.
Bom manter amizades.

Vou postar o texto e recomendo a leitura.
Beijo e boa semana pra todos
que passarem por aqui.

Ah! Só pra não esquecer:
Disse pro "Dan", meu sobrinho,
que iria contar um segredo pra ele...
que era pra ele não contar pra ninguém.
E ele prometeu guardar o segredo.
Disse pra mim que era "segredo LIMITAR"
(Tradução: "segredo militar").
Mas contou pra Lucélia.
O segredo era: "Dan, eu te amo".
E ele contou pra Lucélia:
"Ela disse que me ama, tia Lu".

É bom dizer e é bom ouvir.

Lá vai o texto:

LEIA MESMO ! ATÉ O FINAL! MUITO LEGAL!!!!!!!!!

Vai para 16 anos que estou aqui na Volvo,
uma empresa sueca.
Trabalhar com eles é uma convivência,
no mínimo, interessante.

Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar,
mesmo que aidéia seja brilhante e simples. É regra.
Então, nos processos globais,
nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos)
ficamos aflitos por resultados imediatos,
uma ansiedade generalizada.
Porém, nosso senso de urgência não surte
qualquer efeito neste prazo.
Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões, ponderações.
E trabalham num esquema bem mais "slow down".
O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando
certo no tempo delescom a maturidade da tecnologia e da necessidade:
bem pouco se perde aqui.
E vejo assim:
1. O país é do tamanho de São Paulo;
2. O país tem 2 milhões de habitantes;
3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes
(compare com Curitiba, que tem 2 milhões);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson,
Electrolux, Nokia, Nobel Biocare... Nada mal, não?
5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores
propulsores para os foguetes da NASA.

Digo para os demais nestes nossos grupos globais:
os suecos podem estar errados,
mas são eles que pagam muitos dos nossos salários.
Entretanto, vale salientar que não conheço um povo,
como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles.
Vou contar para vocês uma breve só para dar noção.
A primeira vez que fui para lá, em 90,
um dos colegas suecos me
pegava no hotel toda manhã.
Era setembro, frio, nevasca...
Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro
bem longe da porta de entrada
(são2.000 funcionários de carro).
No primeiro dia não disse nada,
no segundo, no terceiro...
Depois, com um pouco mais de intimidade,
numa manhã, perguntei:
"Você tem lugar demarcado para estacionar aqui?
Notei que chegamos cedo,
o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final".
Ele me respondeu simples assim:
"É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar -
quem chegar mais tarde já vai estar atrasado,
melhor que fique mais perto da
porta. Você não acha?"
Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira.
Deu para rever bastante os meus conceitos.
Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow
Food. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem
sua base na Itália (o site, é muito interessante
http://www.slowfood.com Veja-o!).

O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer
e beber devagar, saboreando os alimentos,
"curtindo" seu preparo, no convívio com a família,
com amigos, sem pressa e com qualidade.
A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o
que ele representa como estilo de vida
em que o americano endeusificou.
A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food
está servindo de base para um movimento mais
amplo chamado Slow Europe,
como salientou a revista Business Week numa edição européia.
A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da
"loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do
ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser".
Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses,
embora trabalhem menos horas (35 horas por semana) são mais produtivos
que seus colegas americanos ou ingleses.
E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana
de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade
crescer nada menos que 20%.
Essa chamada "slow atitude" está chamando a atenção
até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido)
e do "Do it now" (faça já).
Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos,
nem ter menor produtividade.
Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e
"produtividade" com maior perfeição,
atenção aos detalhes e com menos "stress".
Significa retomar os valores da família, dos amigos,
do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local",
presente e concreto em contraposição ao "global" - indefinido e anônimo.
Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos
prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver
e até da religião e da fé.
Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais
alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde seres humanos,
felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.
Gostaria de que você pensasse um pouco sobre isso...
Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou
ainda "A pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa
atenção nestes tempos de desenfreada loucura?
Será que nossas empresas não deveriam também pensar em
programas sérios de "qualidade sem-pressa" até para aumentar a
produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária
perda da "qualidade do ser"?
No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível,
em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para
dançar e ela responde:
"Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos."
"Mas em um momento se vive uma vida" - responde ele,
conduzindo-a num passo de tango.
E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.
Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo,
mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim...
Para outros, o tempo demora a passar; ficam
ansiosos com o futuro e se esquecem de
viver o presente, que é o único tempo que existe.
Tempo todo mundo tem, por igual! Ninguém tem mais nem
menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo.
Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon:
"A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro"...
Muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não podem
"perder" o seu tempo neste mundo globalizado. Pense e reflita, até que
ponto vale a pena deixar de curtir sua família. De ficar com a pessoa
amada, ir pescar no fim de semana ou outras coisas simples de fazer
que sempre adiamos... esquecemos do presente para pensar no futuro que
muitos nem chegarão nele...então pra que se preocupar com o que não existe
ainda.... Aproveite hoje, amanhã ... Poderá ser tarde demais!
Saber aprender para sobreviver...
Repasse aos seus amigos. Se tiver tempo!




quinta-feira, 15 de março de 2007

A vida continua.

A vida continua.
Sumi. Muitos dias sem escrever.
Tava ausente. Ausente de mim mesma.
Dando um tempo.
Sem querer conversar comigo.
De mal e não de bem.
Mas, basta.

Estou quase fazendo as pazes comigo.
Quase.
Fico com raiva de mim.
Sou otimista demais.
Acredito demais.
Sou persistente demais.
E tudo demais não é bom.

Tenho que aprender a ser menos
"Alice no país das maravilhas".
E a ser mais pessimista.
A não dificultar as coisas.
Acreditar menos.

Equilíbrio é a palavra.

Continuo a vida.
Trabalhando muito.
Minha vida profissional é o que
está mais vivo em mim.

Enfim.
Volto ao mesmo ponto.
De onde eu acho que nunca saí.
E a vida continua.

Aline

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Relógio.

O relógio do meu computador tá errado.
Eu acerto, mas ele volta a ficar errado.
Um teimoso...

Tô tão estranha ultimamente...
Sensações antagônicas.

Só eu sei...
Deu vontade de cantar a música do Djavan:

Esquinas

"Só eu sei
As esquinas porque passei
Só eu sei só eu sei
Sabe lá o que é não ter e ter que ter pra dar
Sabe lá
Sabe lá
E quem será
Nos arredores do amor
Que vai saber reparar
Que o dia nasceu

Só eu sei
Os desertos que atravessei
Só eu sei
Só eu sei
Sabe lá
O que é morrer de sede em frente ao mar
Sabe lá
Sabe lá
E quem será
Na correnteza do amor que vai saber se guiar
A nave em breve ao vento vaga de leve e trás
Toda a paz que um dia o desejo levou
Só eu sei..."


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Culto de Domingo

O culto de ontem está reverberando
(nossa esse verbo é o máximo)
na minha mente.

Algumas razões:
Gosto de refletir nas letras
dos hinos e dos cânticos.
Isso fala muito ao meu coração.
Às vezes eu me encontro pensando
em trechos que não tinha parado
ainda pra pensar.
Destaco dois deles:

"(...) Quero ser a luz do Teu amor (...)"
Brilhar o amor de Deus.
Nossa... isso é um grande desafio.
Nem sempre a gente ama conforme deveria.
E nem sempre somos capazes de "brilhar".

"(...) Debaixo de Tuas asas é o meu abrigo,
meu lugar secreto.
Só Tua graça me basta
e Tua presença é o meu prazer. (...)"
Sou uma pessoa isolada.
Posso parecer extrovertida,
mas curto os momentos que passo
comigo mesma e com Deus.
Sei que as pessoas não entendem isso,
ou é díficil pra elas entenderem.
E ter um lugar secreto,
onde só eu e Deus habitamos
é realmente um abrigo.

A mensagem falou de erros.
Da nossa tendência em querer
culpar alguém pelos nossos erros.
Nas conseqüências de cada um dos nossos erros,
para nós e para os que nos rodeiam.
E que há coisas para as quais não há remendos,
não há consertos.
A mensagem falou de responsabilidade.
De não transferirmos a responsabilidade
dos nossos erros para outros.
De que Deus não nos isenta.

Gosto da palavra "diretrizes".
O Pastor usou a plavra diretrizes.
Existe uma lei divina.
Um "ordem" que vem de Deus.
E que não obedecer às diretrizes de Deus,
é sempre um problema.

Deus visitava Adão e Eva diariamente.
Pela graça obtida através de Cristo,
Deus nos visita também.
Mesmo quando não seguimos as "diretrizes".
Pela misericórdia, Ele nos visita.

E o culto terminou:
"Cristo Jesus, meu Salvador.
Vela por mim.
Vela por mim.
Cristo Jesus, meu Salvador,
tudo que é BOM, fará por mim".

.....

Detalhes importantes (ainda do culto):
O Pércio sempre me emociona tocando.
É bom olhar pra trás, lembrar da Lucélia e do Hermano
namorando e pensar que lá, naquela época,
no coração do Senhor já existia o sonho de Deus:
"Pércio, um pianista".
Surpreendente.

O Elvino tocando uma música que
pareceu improvisada e que terminou
de uma maneira imprevisível.
(Foi isso mesmo, Elvino?)
Eu gostei da música.
Galera: visitem o blog do Elvino!
http://paradigma.blog.terra.com.br/
Vale conferir.
.......

Às vezes, com toda a minha psicologia,
eu tenho tanta dificuldade em entender as pessoas.
Nossa! Isso é sempre um conflito.

.......

Boa semana.
Line

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Um bebê...

Ontem eu vi um filme.
Na verdade vi vários.
Um, em especial, chamou minha atenção.
O nome é "Mr. Holland".
Esse filme entrou pra minha lista
de filmes prediletos.

Várias coisas são aproveitáveis:
Ele é professor... e de música.
A relação dele com a docência
é muito interessante.
E a relação dele coma família
também é, mas não vou estrar em detalhes
que é pra não estragar as surpresas
de quem ainda pretende vê-lo.

Esse filme me fez pensar a relação
pai-filho. Lembrei do meu irmão.
Acho que o 3º filho dele nasce amanhã.
Deus deu a ele 2 lindos filhos, saudáveis.
E agora chega mais um.

No filme há uma música.
Eu não a conhecia.
É do John Lennon
e eu dedico a letra pro meu irmão.
Que ele viva essa música
junto ao Daniel, ao Pedro e ao ??
Pois é, ele nem tem um nome ainda.
Mas vai ter, amanhã.
E que Deus abençoe esse bebê,
juntamente com a família que irá recebê-lo.
Isso inclui a minha.
Tia, mais uma vez!
É legal pensar que por algum tempo,
a partir de agora, vai ter neném na minha casa.
Neném com cheirinho!

John Lennon - Beautiful Boy (Darling Boy)
Close your eyes
Have no fear
The monster's gone
He's on the run and your daddy's here
Beautiful, beautiful, beautiful
Beautiful boy
(...)
Before you go to sleep
Say a little prayer
Every day in every way
It's getting better and better

Beautiful, beautiful, beautiful
Beautiful boy
(...)
Out on the ocean sailing away
I can hardly wait
To see you come of age
But I guess we'll both just have to be patient
'Cause it's a long way to go
A hard row to hoe
Yes it's a long way to go
But in the meantime

Before you cross the street
Take my hand
Life is what happens to you
While you're busy making other plans

Beautiful, beautiful, beautiful
Beautiful boy
(...)

Darling, darling, darling
Darling ...

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Cotidiano.


Situações Estranhas.
Ontem presenciei uma situação muito estranha.
Na volta do hospital, decidimos, eu e meu pai,
passar na farmácia.
Quando nos aproximávamos da fármacia
que costumamos fazer nossas compras
de medicamentos, vimos uma vaga pra estacionar o carro.
Aquelas vagas do calçadão.
Mas, vimos que no meio da vaga estava parada, de pé, uma moça.
Bem vestida, loira. Jovem.
Ao posicionar o carro para entrar na vaga,
esperando que a moça saísse do lugar
onde ela estava, estranhamos que ela não se moveu.
Ficamos, eu e meu pai, olhando para ela, perguntando
no olhar: -Ei! Você não vai nos dar licença??
Ao que ela respondeu:
- Não! Essa vaga é minha, tô guardando lugar
pra alguém que tá vindo com o carro
pra estacionar aqui.
Ficamos meio atônitos.
Parecia uma cena de jardim da infância,
em que o coleguinha guarda lugar pro outro.
Mas não era o Jardim de Infância.
Era um estacionamento público!!!
Enfim, meu pai retirou o carro da posição
em que estava, mas meio sem cremos
no acontecido, ficamos um pouco à frente,
com a intenção de entendermos aquilo tudo.
E, pelo espelho retrovisor, vimos
que veio outro carro.
Esse, menos gentil que a gente,
avançou com o carro pra cima da moça
com o objetivo de estacionar ali, mas
qual não foi a nossa surpresa:
ela nem se mexeu!!!
Impassível! Quase um mártir!
Tudo por "aquela" vaga.
Sem acreditarmos, continuamos olhando
a situação... queríamos ver o desfecho.
O dono do carro falou meia dúzia de palavras
com a moça loira. Acredito não terem sido
palavras agradáveis de amizade eterna.
Mas ela não se moveu.
Ele fez mais umas duas investidas.
Acelerou.
Ameaçou.
Mas, nada.
Então, mais um desistiu.
E, passando-se uns minutos,
eis que surge o carro para o qual
ela guardava a vaga.
E ele estacionou na vaga cativa e bem guardada.
Fiquei imaginando aquela moça
num estacionamento de um super-mercado,
ao sol, torrando, pra guardar a vaga daquele carro.
Só mesmo em Itaperuna.
Se eu não tivesse visto, não acreditava.

.........

Outro dia um guarda quis multar o meu carro.
Eu não estava por perto.
Mas, por sorte, o Júnior, meu cunhado,
viu a cena e interviu.
Pediu que o guarda não me multasse.
O guarda alegou que o carro estava muito
perto da esquina, menos que 3 metros.
Acho que ele não me multou.
Mas, vou colocar uma fita métrica
dentro do carro, pra medir a distância após estacionar.
Dãaaaa...

.........

Não falei sobre meu celular.
Há alguns dias, ou eu fui roubada, ou o meu celular sumiu.
Se ele caiu, ou eu o esqueci, quem achou
teria várias pistas pra me localizar.
Mas, até hoje isso não aconteceu.
Eu sou muito "Aline no país das maravilhas" mesmo.
Juro que acreditei que essa boa alma existiria.
Ainda acretido que existam pessoas capazes
de fazer uma boa ação como essa.
Mas, definitivamente, não foi dessa vez
que uma pessoa dessas achou o MEU celular.

..........

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Fui no médico hoje.
Sensação muito ruim pela manhã que piorou à tardinha.
Agora à noite, tô melhorzinha.
O médico me deu um atestado,
valendo pra hoje e pra amanhã.

.....

Fui numa emergência.
Mas demorou umas 2 horas pra eu ser atendida.
Por convenção eu pensava que em uma emergência
a gente deveria ser atendido mais rapidamente.
Mas...

.....

Conversei com Lucíola hoje sobre a dengue.
Ela disse que existem programas
contra a dengue,
mas que a população também tem que se
mobilizar e que falta educação pra promover
mudanças que sejam suficientes pra não
ocorrerem esses surtos.
Eu acho que não estou com dengue.
E acho que a Lucíola tem razão.

.....

Hoje à noite eu ouvi música.
Ainda estou ouvindo.
Tô descobrindo e curtindo o You Tube.
Vi uns vídeos da Maria Rita.
Pra quem curte voz suave,
o estilo de cantar dela, descalsa e mexendo
o ombro, vale dar uma olhada.
Sem contar no piano do excelente pianista
que a acompanha.
Nossa! O piano é tudo!!!
Destaque para a música
"Caminho das águas".
Tem uma frase nessa música
que achei muito bela:
"(...) caminho bordado à fé (...)",
imagina um caminho bordado à fé???
Nossa... poesia linda!

......

Vi outro vídeo do Pedro Mariano e da Sandy,
cantando "É com esse que eu vou".
Um espetáculo também!
A qualidade do instrumental é demais.
E os dois estão interpretando
a música muito bem!
Quando ela canta a palavra
"Senador" é fofíssimo.
........

Aline, a apaixonada por música,
por detalhes musicais
e por outras coisas também!!

Abreijos.

Hoje eu acordei meio tonta.
Ainda na cama, as coisas estavam rodando.
Fiquei pensando sobre essa sensação.
Sem pânico. Só sentindo.
Aí o telefone tocou e saí do transe.

Levantei e continuei ainda um pouco tonta.
Lembrei das minhas aulas de neuro.
"Disfução cerebelar" e me deu vontade de rir.

Fiquei pensando nas pessoas que bebem
e que ficam tontas; elas devem ver o mundo
de forma distorcida, às vezes sem perceber
que a distorção parte delas.

Tem gente que consegue
distorcer sem a ajuda do álcool
ou de qualquer outra droga.
Ou seja, quem bebe, nesses casos, não
está fazendo vantagem nenhuma.

E a gente pode colecionar situações
nas quais a gente distorceu tudo.
As catástrofes que a gente cria,
antecipando um cenário negro e desesperador.

A capacidade que a gente acha que o outro deveria
ter de adivinhar o que a gente pensa
(mas isso NÃO EXISTE! Ninguém é capaz disso.)

Ou as conclusões que chegamos sem
nenhuma evidência de legitimidade das mesmas.

Ih, poderia ir citando distorções, mas destaco 1:

Dizemos falsas verdades pra nós mesmos.

Pausa pra discutir "falsas verdades"... ora, não existem
verdades falsas. As verdades são verdades e se são falsas
deixam de ser verdades passando a ser mentiras.
Elementar, minha cara Aline... rsrrrss

Mas é que essas "mentiras" têm valor de verdade
pra nós. Nós mesmos as criamos, nós mesmos nos contamos
e nós mesmos acreditamos nelas.

Nossa mente é uma fábrica de distorções.
Buscar ver as coisas como elas são é uma meta
e uma arte pra mim.

....

Tô gripada.
Quero colo.


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

O GRANDE significado das PEQUENAS coisas

O GRANDE significado das PEQUENAS coisas

Quanta ambigüidade...
Grande, pequeno, antônimos.

Ah, se as pessoas soubessem
que nas pequenas coisas
há um poder tão grande de mudança.

As pequenas atitudes
podem expressar e gerar grandes
SENTIMENTOS.

Fazer sorrir ao invés de chorar.
Fazer sonhar ao invés de só dormir.

Pequenas coisas.
Grandes resultados.

Gosto da foto que ilustra a postagem.
Usei essa foto quando ilustrei
um hino do coral de crianças.
"(...) Nem um monte é tão alto,
nem um vale tão profundo,
como o AMOR do nosso Deus.
Grande, tão grande,
alto, tão alto,
fundo, profundo
é maior que o mundo.
Mas, é pequeno,
cabe lá dentro
do coração de quem
se entrega ao Salvador".

Line