quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007


Hoje eu acordei meio tonta.
Ainda na cama, as coisas estavam rodando.
Fiquei pensando sobre essa sensação.
Sem pânico. Só sentindo.
Aí o telefone tocou e saí do transe.

Levantei e continuei ainda um pouco tonta.
Lembrei das minhas aulas de neuro.
"Disfução cerebelar" e me deu vontade de rir.

Fiquei pensando nas pessoas que bebem
e que ficam tontas; elas devem ver o mundo
de forma distorcida, às vezes sem perceber
que a distorção parte delas.

Tem gente que consegue
distorcer sem a ajuda do álcool
ou de qualquer outra droga.
Ou seja, quem bebe, nesses casos, não
está fazendo vantagem nenhuma.

E a gente pode colecionar situações
nas quais a gente distorceu tudo.
As catástrofes que a gente cria,
antecipando um cenário negro e desesperador.

A capacidade que a gente acha que o outro deveria
ter de adivinhar o que a gente pensa
(mas isso NÃO EXISTE! Ninguém é capaz disso.)

Ou as conclusões que chegamos sem
nenhuma evidência de legitimidade das mesmas.

Ih, poderia ir citando distorções, mas destaco 1:

Dizemos falsas verdades pra nós mesmos.

Pausa pra discutir "falsas verdades"... ora, não existem
verdades falsas. As verdades são verdades e se são falsas
deixam de ser verdades passando a ser mentiras.
Elementar, minha cara Aline... rsrrrss

Mas é que essas "mentiras" têm valor de verdade
pra nós. Nós mesmos as criamos, nós mesmos nos contamos
e nós mesmos acreditamos nelas.

Nossa mente é uma fábrica de distorções.
Buscar ver as coisas como elas são é uma meta
e uma arte pra mim.

....

Tô gripada.
Quero colo.


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