terça-feira, 20 de fevereiro de 2007


Carnaval.
Tô fora desse circuito.
Totalmente fora.
Domingo eu e Anne fomos pra Muriaé.
Voltamos ontem (segunda).
Dias agradáveis na casa dos Dias.
O resto dos dias de folga eu vou dormir,
ler, adiantar algumas tarefas. Pensar.

...............

Quebra-cabeças.
Quando fui procurar a figura que ilustra a postagem,
visitei um site de ilustrações.
Nesse site, a gente tem que digitar
o nome das ilustrações que a gente
quer encontrar em inglês.
Então eu digitei "puzzle".
O curioso é que o site me pediu:

"Please, clarify your search
Which 'puzzle' do you mean?"

E o site ainda pediu que eu sinalizasse:
"Confusion (concepts)
ou
Puzzle (leisure games)"

Eu não sabia que a palavra "puzzle"
remete também ao conceito de "confusão",
de dúvida em função de algo que a gente
não pode entender.

Legal. E isso agora é óbvio.
Claro. Um quebra-cabeças faz a gente pensar.
A princípio é algo desordenado,
que a gente realmente não consegue entender
em sua totalidade.

São, a princípio, um amontoado de peças
que a gente sabe que devem se encaixar de alguma
maneira, mas até que a gente começe a organizá-las,
ache o "fio da meada", a gente não entende nada
do que pode surgir dali.

Cada pessoa procura a melhor peça
do seu próprio quebra-cabeça.
Tenta encaixá-la da melhor forma,
posiciona de um jeito, de outro.
Troca de peça, deixando determinada peça
de lado, por um tempo, até que seja
a "peça da vez", aquela que no momento
oportuno completará o que estava faltando.

E cada um segue montando o seu quebra-cabeça.
Às vezes o que falta é uma peça-pessoa.
Uma peça-trabalho.
Uma peça-objeto.
Uma peça...
Cada um sabe que peça é essa.

E enquanto formos vivos é bom que falte uma peça.
A falta nos movimenta.
E a gente só consegue movimentar algo
no quebra-cabeça porque estão faltando peças.

Às vezes a gente fica hipnotizado por uma determinada peça.
E não consegue ver as outras disponíveis.
Enquanto eu dirigia, indo e voltando de Muriaé,
observei que os buracos na estrada
me hipnotizavam. Eu os via e queria desviar deles.
Mas, por tanto olhar para onde eles estavam
eu acabava me aproximando deles
e caindo DENTRO deles; era até engraçado...
E muitas vezes na vida a gente vê que esse tipo
de situação acontece: pessoas ficam hipnotizadas
pelos buracos da vida, não enxergam as evidências
que mostram com clareza que certamente
estaremos indo rumo à uma tempestade.
E, hipnotizadas, não conseguem visualizar
as possibilidades de desvio das adversidades,
e caem nos buracos, escolhem a peça errada
pra compor o quebra-cabeça.

E fica a pergunta:
que "desenho" temos montado
no nosso quebra-cabeça?

Line

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